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Figuras de oposição em São Bernardo e no Grande ABC, os deputados estaduais Carla Morando (PSDB) e Luiz Fernando Teixeira (PT) convergiram em críticas a ações contra o deputado estadual Frederico D’Ávila (PSL), que, na tribuna da Assembleia Legislativa, xingou o arcebispo dom Orlando Brandes, de Aparecida, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e até o papa Francisco. Tanto Carla quanto Luiz Fernando, além de repudiarem as declarações, ingressaram com pedidos de investigação da conduta parlamentar do político, inclusive com recomendações de cassação. D’Ávila é ligado ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que foi alvo de Brandes durante missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – Brandes disse que o Brasil não poderia se transformar em Pátria armada se quisesse ser uma Pátria amada, em clara alusão ao discurso de Bolsonaro a favor do armamento da população. D’Ávila disse que Brandes, a CNBB e o papa são “vagabundos”, “safados”, “canalhas” e “pedófilos”.
Declarações
“Na representação solicito a cassação de seu mandato com base na quebra de decoro. É inadmissível que um deputado utilize a tribuna da Assembleia para propagar o ódio”, pontuou Luiz Fernando Teixeira (PT). “É inadmissível que um parlamentar utilize a tribuna da Assembleia Legislativa para ofender líderes religiosos. Como deputada estadual, irei representá-lo no comitê de ética da Assembleia. Atitude como essa deve ser punida com rigor.”
Empolgou
O evento organizado pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), para mobilizar a militância tucana a favor do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), candidato nas prévias internas, registrou alguns cenários que repercutem na classe política regional. Um deles, a fala do vereador Bahia Santana (PSDB) já lançando e apostando na vitória da primeira-dama andreense, Ana Carolina Serra. Os afagos e a empolgação do parlamentar deixaram as autoridades presentes um pouco constrangidas.
Presença
O advogado Luiz Henrique Watanabe, que foi candidato a vereador em São Bernardo em algumas eleições, foi anunciado também na atividade pró-Eduardo Leite em Santo André. Watanabe sempre foi próximo do prefeito Orlando Morando (PSDB) e, na última eleição, recebeu 2.383 votos à Câmara.
Justificativa
Ex-vereador em São Caetano e atual secretário de Deficiência e Mobilidade Reduzida, Olyntho Voltarelli (PSDB) foi outro a estar na atividade de Eduardo Leite. Aos presentes, justificou seu revés nas urnas – no ano passado, não conseguiu se reeleger à Câmara. Questionado sobre os motivos, disse que precisou gastar tempo e energia na CPI do Natal Iluminado, que apontou irregularidades no contrato firmado pelo governo do ex-prefeito Paulo Pinheiro (DEM) com a Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano). Ele comentou que teve de usar domingos para ler calhamaços de documentos para se preparar para as sessões. Faltaram 125 votos para superar Daniel Córdoba, o último tucano eleito ao Legislativo.
Candidatíssimo
Na semana passada, esta coluna mostrou que o ex-prefeiturável Ailton Lima (ex-PSB), de Santo André, listou nome de figuras da classe política da cidade que poderiam ser candidatas a deputada estadual. Dos citados por ele, boa parte se colocou à disposição para concorrer a uma vaga na Câmara Federal. Marcelo Chehade, vereador licenciado e hoje secretário de Esportes, voltou a dizer que é “candidatíssimo” a deputado federal e sabe que há concorrência interna, como Donizeti Pereira (PV) e Fernando Marangoni (DEM).
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