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Duhalde considera 'absurdos' pedidos de aumento de tarifas
Da Agência EFE
17/08/2002 | 15:46
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O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, chamou de "absurdo" e "disparate" o pedido dos empresários para aumentar, em até 70%, as tarifas dos serviços públicos privatizados.

"Alguns pedidos são absolutamente disparatados, realmente absurdos", disse neste sábado em seu programa semanal transmitido pela Rádio Nacional.

Segundo versões da imprensa, uma vez que nenhuma companhia anunciou publicamente suas pretensões, além de uma redução na carga tributária, as concessionárias pediram um reajuste de 10% a 70% em suas tarifas.

Os empresários justificaram o pedido alegando que o "ajuste imediato" é necessário para cobrir o aumento das despesas operacionais e as variações dos custos causadas pela desvalorização do peso, ocorrida em janeiro.

O governo, segundo fontes do Ministério da Economia citadas neste sábado pelos principais jornais de Buenos Aires, está disposto a autorizar aumentos de apenas 10% em troca de futuras negociações.

Duhalde negou pressões das concessionárias e destacou que o processo de negociação para o aumento das tarifas de transporte, eletricidade, gás, telefone e água e esgoto "será ajustado conforme a lei estipula".

Os aumentos tarifários são estabelecidos por meios de acordos entre cada uma das empresas e o Governo, que, por sua vez, devem ser debatidos em audiências públicas com as entidades de usuários e consumidores.

Há duas semanas, quando as autoridades do Ministério da Economia convocaram as concessionárias para apresentar suas propostas de reajuste, descobriu-se que os pedidos de aumento não ficariam abaixo dos 30%.

Mas a possibilidade de um ajuste tarifário desta ordem foi imediatamente criticada pelas organizações de usuários e consumidores. Vários congressistas chegaram a apresentar projetos para evitar aumentos "desmedidos".

As concessionárias de serviços públicos têm até a próxima terça-feira para apresentar propostas concretas de aumento tarifário. Após o anúncio, serão iniciados os processos de negociação e de audiências públicas.

Os jornais de Buenos Aires informaram neste sábado que o maior pedido de aumento (70%) partiu das empresas distribuidoras de eletricidade e o menor (10 %) das concessionárias de serviço de água e esgoto.




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