O Parlamento israelense (Knesset) mostrou mais uma vez rejeição ao Governo de Ariel Sharon votando nesta segunda-feira, com uma maioria relativa, três moções de censura apresentadas por grupos de oposição.

Estas moções, no entanto, não têm efeito, pois segundo a lei devem reunir uma maioria absoluta de votos para fazer o gabinete cair.

A primeira moção, apresentada pelo partido de centro (laico) Shinui, denunciava o fato de que Sharon na realidade não tem um governo, visto que não terminou as negociações para ampliar sua coalizão. Esta moção obteve 39 votos e 14 abstenções, sobre um total de 120 deputados do Knesset.

A segunda moção, apresentada pelo Shass, ultra-ortodoxo, que denunciava a política social do governo, recebeu 43 votos e 12 abstenções.

A terceira moção, apresentada pela União Nacional (extrema-direita), que denunciava possíveis nomeações abusivas do governo, teve 37 votos a favor, 34 contra e 18 abstenções.

Desde o começo de dezembro, Israel, pela primeira em sua história, tem um governo unipartidarista, dado que o primeiro-ministro Ariel Sharon preside um gabinete integrado unicamente por representantes do Likud.

Desde que assumiu suas funções pela segunda vez, em fevereiro de 2003, o governo de Sharon perdeu sucessivamente os ministros de extrema-direita, em seguida os religiosos e, finalmente, os representantes do Shinui.