Economia Titulo E-commerce
Aplicativo conecta
empresas a prestadores

Recém-chegado à região, Anthor é possibilidade de geração de renda sem grandes deslocamentos

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
22/08/2021 | 00:01
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Chegou ao Grande ABC o aplicativo Anthor, que conecta empresas que demandam serviços como separação de produtos de e-commerce, reposição de estoques e gôndolas, entre outros, com quem tem interesse em realizar esse tipo de trabalho. Diferente dos aplicativos de entrega ou transporte, onde quem presta o serviço é obrigado a aceitar o que chega, na empresa os chamados anthors têm liberdade para escolher apenas as missões que desejam. O valor pago é estipulado por quem demanda o serviço, e o valor é repassado integralmente para quem aceitou o trabalho.

Morador de Diadema, Marcos Paulo Ferreira dos Santos Oliveira tem 29 anos e conheceu o aplicativo pela internet. O jovem trabalha em uma confecção e, nos fins de semana ou à noite, realiza as missões por meio do aplicativo, o que tem lhe garantido uma renda extra de cerca de R$ 500, há dois meses. Segundo Oliveira, cada missão dura cerca de 20 minutos e ele consegue fazer entre quatro e cinco por dia. O rapaz se desloca de moto, mas o aplicativo utiliza o georeferenciamento para que não seja necessário grandes deslocamentos dos prestadores de serviço. “O aplicativo me ajudou muito nessa pandemia.”

Lançado em Curitiba, no Paraná, em 2018, o Anthor já está hoje em 56 cidades conectando 2.000 estabelecimentos comerciais, de 40 empresas, com cerca de 2.000 interessados em prestar o serviço. “É um projeto de inclusão social”, destacou o co-fundador e CEO do aplicativo, Guido Jackson.

“Para o repositor, o Anthor é oportunidade de renda, e a pessoa ainda tem flexibilidade de horário e pode atuar em locais próximos de onde mora. Para o lojista, o aplicativo garante melhor controle de estoque e de atividades fundamentais para sobrevivência dos negócios”, explica Jackson.

Para as empresas, o aplicativo tem ajudado em um problema que é na verdade um velho conhecido dos varejistas. Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), as redes deixaram de faturar R$ 7,9 bilhões em 2020 por quebras operacionais. Segundo Jackson, as marcas acabam tendo custos elevados para manter colaboradores fixos e, na maioria dos casos, não conseguem ter uma serviço eficiente. “No caso do Anthor, após executadas as missões recebem notas garantido a qualidade”, explicou o CEO sobre o formato de trabalho, semelhante ao utilizado por aplicativos de transporte e delivery.

Em três anos de existência, o aplicativo já pagou mais de R$ 3 milhões a pessoas que procuravam renda extra ou se encontram à margem do mercado de trabalho, como mães solos, pessoas que há muito tempo estão desempregadas. O interessado paga mensalmente R$ 1,99 para usar a plataforma. Também é necessário desembolsar taxa única de R$ 35,90 mais valor do frete, para adquirir uma camiseta do Anthor, utilizada para identificar os anthors, e bota de segurança. O usuário ainda deve fazer uma capacitação no próprio aplicativo, um curso com duração de 25 minutos. 




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