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Ameaça do Conselho de Segurança não intimida o Irã
Da AFP
02/08/2005 | 11:36
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O Irã segue nesta terça-feira desafiando a comunidade internacional, especialmente a UE (União Européia), ao continuar com a retomada de suas atividades nucleares, apesar da ameaça do Conselho de Segurança da ONU.

O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, pediu ao Irã que respeitasse os compromissos assumidos no ano passado, sob pena de recorrer ao Conselho de Segurança da ONU. "Estes são compromissos de suspensão de toda a atividade (nuclear), de conversão, de reprocessamento e de enriquecimento de urânio", destacou.

"Se os iranianos não acatarem seus acordos e obrigações, então teremos de ir até o Conselho de Segurança", advertiu o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.
 
A República Islâmica pediu à AIEA, a agência da ONU que vela pela não-proliferação nuclear, que retirasse os lacres que colocou na usina de Ispahan quando esta suspendeu as suas atividades em novembro.

"A decisão foi tomada e o trabalho já começou", afirmou o atual presidente, Mohammad Khatami, que deixa o cargo na quarta-feira.

Para os europeus, a melhor garantia de que o Irã não tentará fabricar armas atômicas é a de que renuncie definitivamente ao enriquecimento de urânio, que pode servir como combustível para centrais nucleares, mas também para fins militares.

A UE pediu aos iranianos que não comprometam as negociações e recordou que seus representantes pretendiam apresentar ao país, antes de 7 de agosto, propostas detalhadas de cooperação para convencer o país a manter a suspensão do enriquecimento de urânio.

Em sua carta à AIEA, o Irã acusou a UE de ter tentado impor o fato consumado de uma renúncia definitiva ao enriquecimento e afirmou que em oito meses de negociação obteve muito pouco em troca da suspensão, ou quase nada.




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