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Ala do PSDB pressiona cúpula por nova direção em SP
01/08/2009 | 09:48
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Da AE


O PSDB paulistano voltou a dar sinais nesta semana de que não foi superado o racha ocorrido na eleição de 2008, quando o partido ficou dividido entre as candidaturas do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Os tucanos apoiadores de Kassab na época pressionam para que o atual presidente do PSDB na Capital, José Henrique Reis Lobo, não tenha o seu mandato prorrogado à frente do Diretório Municipal, contrariando uma tendência nacional.

Nesta semana o Diretório Estadual de São Paulo divulgou a permanência de toda a sua direção por mais um ano. Meses atrás, o PSDB nacional decidiu manter o senador Sérgio Guerra (PE) na presidência do partido. A troca de comando neste ano, avalia o tucanato, prejudicaria os planos de mobilização e fortalecimento da legenda para a corrida presidencial em 2010.

Há alguns dias, três vereadores do PSDB, que apoiaram Kassab, reuniram-se com o presidente estadual do PSDB, deputado Mendes Thame, e pediram para que haja nova eleição para a presidência da legenda na Capital paulista. Há cerca de um mês, uma ala do PSDB municipal divulgou um manifesto de apoio a Lobo.

O pano de fundo da disputa é a condução do processo eleitoral de 2010. Caberá ao Diretório Estadual decidir em quais municípios haverá ou não prorrogação de mandatos.

A resistência dos tucanos mais próximos de Kassab à permanência de Lobo é resultado ainda do processo turbulento e traumático que foi a eleição paulistana para DEM e PSDB no ano passado. Aliadas na Prefeitura de São Paulo, as duas legendas lançaram candidatos próprios. Vereadores e filiados ao PSDB que estavam no governo ficaram do lado do prefeito. Lobo, acompanhado da base do partido, defendeu a postulação de Alckmin, que acabou derrotado.

Desde o fim da eleição, a disputa interna entre esses dois grupos havia silenciado. Agora, volta à tona e tudo indica que, em 2010, deve se intensificar, porque os kassabistas defendem, em sua maioria, a candidatura do secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, à sucessão do governador José Serra em detrimento do nome de Alckmin.




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