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Para avisar sobre a doença contagiosa, funcionários improvisaram um bilhete que foi pregado na porta da sala de emergência com a mensagem: ‘Uso de máscara. Meningite’. Porém, apenas enfermeiros e médicos usaram o equipamento. Pacientes que estavam no local, inclusive os que tiveram contato com Ivete, permaneciam desprotegidos. Logo após a paciente deixar a sala de emergência, funcionários da limpeza entraram no local – também com máscaras.
No corredor, a mãe de um rapaz que havia sido baleado e estava na emergência, Carmelita Souza, 46 anos, foi alertada por um policial militar para se afastar do local. No período em que a reportagem esteve no prédio, nenhum funcionário pediu para que pacientes ou acompanhantes se afastassem do local.
Ivete chegou sexta-feira acompanhada pelo marido, o motorista Carlos Freitas, 38 anos. Segundo ele, sua mulher já havia passado pela UBS (Unidade Básica de Saúde) Bangu nesta semana. O diagnóstico foi de gripe. Sábado, ela ficou pior e foi para o CHM. “O pessoal disse que agentes da Vigilância Epidemiológica vão fazer os exames na nossa família só na segunda-feira”, disse Freitas. Ele confirmou que a mulher não foi isolada até ser transferida para a UTI.
Soro – Um paciente que estava na sala de emergência – sem máscara – foi atendido por uma enfermeira no corredor do hospital. Na falta de um suporte para soro, a funcionária fez o serviço – ficou segurando o soro no alto. Por todos os cantos, pacientes estavam em macas espalhadas pelo chão dos corredores. O acompanhante de um paciente que mancava informou que não havia cadeira de rodas disponível.
A reportagem procurou o responsável pelo plantão sábado no CHM. Na portaria foi informada que não havia médico responsável, mas que poderia falar com a enfermeira-chefe (Dinah). Ela não foi encontrada. A reportagem também tentou falar com o responsável pelo Centro por telefone, mas ninguém foi localizado.
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