Agora, só restam duas alternativas à Seleção Brasileira: convencer ou retroceder aos primeiros degraus do planejamento de Mano Menezes como sucessor dos fracassados tempos de Dunga no comando canarinho.

Depois de tropeçar na Copa América, o novo desafio começa diante da Alemanha, uma das maiores forças mundiais. Portanto, os torcedores verão, seguramente, o duelo sem aparentes favoritos, às 15h45 de hoje, no Mercedez Arena, em Stuttgart (transmissão ao vivo na Globo e no Sportv).

É natural que as cobranças não recaiam apenas em cima de Mano Menezes, mas também, direta ou indiretamente, dos personagens recentemente derrotados no torneio intercontinenal. Do goleiro Júlio César aos atacantes Neymar, Robinho e Alexandre Pato, não houve quem escapasse ileso da guilhotina daqueles que esperavam algo mais dos companheiros do lateral Maicon e do capitão Lúcio, duas raras exceções do naufrágio, especialmente nas grotescas batidas na hora dos pênaltis convertidos pelos paraguaios.

A eliminação custou muito mais caro ao experiente Elano, que nem voltaria para seguir a tímida trajetória rumo à Copa de 2014 no País. Sobram contradições. Entre elas, a insistência em convocar o instável Lucas Leiva que, embora suspenso, reaparece no elenco atual.

Paulo Henrique Ganso é um daqueles que ficaram na mira das cobranças. Afinal, como se já não bastasse a cobiça dos europeus pelo meia santista, o armador é, teoricamente, a referência do (ainda) indecifrável esquema da Seleção. É preciso, porém, que a prática resgate o estilo fluente do canhotinha.

Se Alexandre Pato marcou alguns gols importantes, mas que foram suficientes para segurar o Brasil na Copa América, Robinho nem isso. A exemplo de Neymar, o Rei das Pedaladas ressurge como uma das interrogações do sistema ofensivo.

Na Alemanha, o técnico Joachim Löw pede muito respeito ‘ao principal time do planeta'. O técnico aposta no atacante Cacau, naturalizado alemão e natural de Santo André, na tentativa, segundo ele, de surpreender os visitantes.