Segundo ACM, nem a oposiçao deverá criar obstáculos, acusando o governo de agir eleitoralmente. Ele comentou que Fernando Henrique e o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, que coordenará o programa, já haviam falado com ele. "É a mesma filosofia do nosso programa e mais uma importante contribuiçao."
Ex-governador da Bahia, o senador disse que a iniciativa - dirigida a 2 mil municípios em nove Estados do Nordeste e no Acre, Pará e Tocantins -, vai ajudar a resolver problemas crônicos.
O presidente nacional do PMDB, ex-governador do Pará e senador Jader Barbalho, classificou de "política de pronto-socorro" o programa. "Os outros Brasis têm pressa e reclamam melhor atençao do governo", disse em Belém. Para ele, já é hora de os Estados do Norte e Nordeste fazerem parte da economia que se beneficia da globalizaçao e da modernizaçao tecnológica.
O secretário de Planejamento de Pernambuco, José Arlindo, recebeu com cautela a notícia e disse que o Estado tem condiçoes de dar continuidade a vários programas sociais, mas nao tem mobilidade por causa da política fiscal. "Se for para eliminar os déficits provocados nas açoes já em andamento e para agregar recursos novos, será bem-vindo", afirmou, no Recife. "Fora disso, será conversa fiada."
Para o governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), a proposta é válida. "Os financiamentos serao liberados com maior rapidez, mas sao necessárias estratégias e recursos novos." Ele sugeriu que mais ministérios entrem no projeto. "Combater a pobreza no Nordeste nao é tarefa fácil", disse, em Natal.
O governo do Tocantins vai se empenhar ao máximo para garantir que os créditos destinados ao Estado sejam integralmente aplicados, segundo o secretário de Comunicaçao, Sebastiao Vieira de Melo. Em Palmas, ele disse que a equipe técnica do Estado vai tentar antecipar informaçoes para assegurar o maior volume possível de recursos.
O secretário de Planejamento do Piauí, César Fortes, acha que o programa poderá trazer frustraçoes "por nao ter o aporte adicional de recursos". Para ele, "estao apenas pondo um rótulo em um dinheiro escasso que já existe". Mas Fortes lembra que a Lei de Responsabilidade Fiscal praticamente impede os Estados de fazerem financiamentos. "Por isso, o novo programa poderá ser uma tábua de salvaçao", comentou, em Teresina.
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