O candidato da oposição na eleição presidencial ucraniana, Viktor Yushchenko, afirmou implicitamente nesta sexta-feira que a dioxina que provocou seu misterioso envenenamento no início do mês de setembro é proveniente de algum outro país.
"Existem hoje diversas provas diretas e indiretas que mostram como este veneno chegou na Ucrânia, e sobre a minha mesa", declarou Yushchenko durante uma coletiva de imprensa.
O opositor se recusou a comentar o eventual envolvimento neste caso de serviços especiais russos, acusados por muitos de seus colaboradores.
"Não quero alimentar novos mitos. Só quero que a justiça ponha um ponto final a este caso, que foi trágico para mim", frisou.
Yushchenko, grande favorito da eleição presidencial de domingo, vinculou sua doença a um jantar, ocorrido no início do mês de setembro, com o chefe dos serviços de segurança (SBU, ex-KGB), Ihor Smechko, e seu adjunto Volodymyr Satsiuk, mas não os acusou diretamente.
Este jantar teria acontecido em 5 de setembro, na casa de campo de Satsiuk. O candidato opositor ficou muito doente no dia seguinte, e foi hospitalizado alguns dias depois em Viena, onde os médicos demoraram três meses para diagnosticar um envenenamento com dioxina.
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