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Governo pagará 150 mil que se aposentaram antes de 1998
07/12/2010 | 07:10
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Para atender determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo vai pagar R$ 1,5 bilhão a 150 mil beneficiários do RGPS (Regime Geral de Previdência Social) que se aposentaram antes de 1998 e que deveriam ter o benefício calculado com base no novo teto, de R$ 1.200, estabelecidos naquele ano.

Segundo o ministro da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas, esses números são preliminares. Ele aguarda a publicação do acórdão para conhecer os detalhes da decisão e, a partir daí, efetuar os pagamentos. Na semana passada, Gabas se reuniu com o colega da Fazenda, Guido Mantega, e com o advogado geral da União, Luís Inácio Adams, para discutir o assunto.

O ministro não informou se o pagamento será à vista ou parcelado ou se ocorrerá neste ou no próximo ano. "Estamos aguardando a publicação do acórdão. É preciso avaliar os detalhes da decisão para depois pagar."

Em setembro, o STF julgou um processo que envolvia um beneficiário que teve a aposentadoria calculada com base no teto da época: R$ 1.081,50. Uma emenda constitucional, aprovada em 1998, no entanto, aumentou esse teto para R$ 1.200. A Justiça Federal de Sergipe garantiu ao beneficiário o recálculo de seu salário-benefício com base no novo teto.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recorreu, sem sucesso, da decisão com o objetivo de manter para os beneficiários que se aposentaram antes de 1998, o teto de R$ 1.081,50. E o STF ainda foi além. Reconheceu que o caso tem repercussão geral. Por isso, a medida, decidida por 8 votos a 1, será aplicada pelas instâncias inferiores, em casos idênticos.

Outra preocupação do ministro da Previdência é a situação dos beneficiários do fundo de pensão da Varig, o Aerus. Segundo ele, com a falência da empresa aérea, existem várias demandas na Justiça para que a União seja responsabilizada e chamada para pagar a aposentadoria complementar para os funcionários da Varig que contribuíam para o Aerus.

Os pedidos na Justiça estão ocorrendo porque o fundo de pensão estava em intervenção pela SPC (Secretaria de Previdência Complementar) do ministério. Neste caso, existem estudos sobre a possibilidade de se fazer um acerto de contas entre os créditos que o fundo tem com a União e as dívidas.




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