Treinador chega para substituir Marcelo Veiga e superar campanhas do Tigre no ano passado
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O São Bernardo FC anunciou na semana passada Ricardo Catalá como novo técnico do time para a temporada 2021. Eleito o melhor treinador do Paulistão 2020 ao lado do campeão Vanderlei Luxemburgo pela campanha que levou o Mirassol às semifinais (inclusive eliminando o São Paulo nas quartas), o comandante chega com duas grandes responsabilidades: substituir Marcelo Veiga, que morreu no início de dezembro vítima da Covid-19, e superar as campanhas que o Tigre realizou no ano passado, quando foi semifinalista tanto na Série A-2 quanto na Copa Paulista, batendo na trave e ficando sem o acesso e sem vaga em competições nacionais.
“É uma honra poder participar da história deste clube e a expectativa é construir uma equipe capaz de entregar os resultados que todos desejamos”, destacou Ricardo Catalá, que não enxerga disputar a Série A-2 neste ano como um retrocesso após tamanho destaque na elite na temporada passada. “Em 2020 foi ano de colheita, por tudo o que tenho plantado em minha carreira. Ter sido eleito o melhor treinador do Paulistão foi um presente. Apesar de (agora) ser a Série A-2 do Paulista, não vejo como degrau abaixo, mas, sim, como uma oportunidade de construção e crescimento junto à instituição, que é muito organizada, com anseio de crescer e consolidar uma marca importante dentro do Estado e, posteriormente, em nível nacional. O clube seguramente lutará por um espaço na elite do futebol paulista”, comprometeu-se o técnico, que afirmou ser admirador antigo do Tigre por sua “organização e seriedade”.
Em entrevista exclusiva ao Diário, o treinador revelou que, apesar de ser a primeira experiência numa equipe do Grande ABC, a região lhe é familiar. Afinal, morou em São Caetano dos 7 aos 18 anos e regressou para a cidade em 2007, onde tem residência. “Estudei em São Paulo, depois na Europa e nunca trabalhei no Grande ABC, apesar de acompanhar com muito respeito e torcida o futebol local, torcendo pelo sucesso e crescimento de todos”, disse.
Sobre o fato de chegar para substituir um colega de profissão que acabou derrotado pela doença que vem assolando o mundo há um ano, Ricardo Catalá enxerga como maneira de honrar o trabalho que vinha sendo feito por Marcelo Veiga. “Penso ser um privilégio ser escolhido para dar sequência ao maravilhoso trabalho construído por ele, um cara sensacional, e por todos os demais colaboradores do clube. É uma situação peculiar, obviamente. Mas há um sentimento grande em todos nós de conquistar os objetivos do clube em 2021 para, de alguma forma, coroar tudo o que foi construído até este momento e dar sequência ao projeto iniciado por ele.”
O treinador não chega sozinho ao São Bernardo FC. Ele traz consigo o auxiliar e ex-zagueiro Fabiano Eller. “Ele é um daqueles (caras) ativos do futebol. Campeão do mundo, tricampeão da Libertadores, bicampeão brasileiro, entre outras conquistas. Capaz de contagiar qualquer ambiente em busca de crescimento e conquistas, assim como fez nos clubes onde atuou. Vencer está em seu DNA. Pretendemos aproveitar sua liderança e experiência para nos auxiliar na busca dos objetivos para a próxima temporada”, explicou o comandante.
Ricardo Catalá e Fabiano Eller não pegarão um elenco esvaziado. Pelo contrário. O São Bernardo FC já conta com aproximadamente 15 jogadores remanescentes de 2020. “Entendo que há uma boa base para iniciarmos o trabalho. Buscaremos reforços pontuais, com o intuito de fortalecer nosso grupo e buscar todos os objetivos marcados pela direção para a temporada de 2021”, decretou.
A estreia do Tigre na Série A-2 do Paulista será em 28 de fevereiro, contra o Rio Claro, fora de casa.
HISTÓRICO
Ricardo Catalá é daqueles profissionais preparados para o futebol moderno. Estagiou em clubes como Barcelona, Zaragoza e Espanyol, fala quatro idiomas (português, espanhol, inglês e catalão). O treinador é formado em educação física, psicologia esportiva e ainda traz no currículo uma pós-graduação em gestão no esporte. No futebol, iniciou a carreira no extinto Pão de Açúcar EC. Depois, foi convidado para trabalhar no Red Bull (antes da fusão com o Bragantino). A grande chance veio no Mirassol, onde ganhou notoriedade. Nos últimos meses, teve passagem pelo Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro, mas durou dois meses.
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