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Líder expõe racha no PSDB de Santo André
Clébio Cantares
Do Diário do Grande
19/08/2009 | 07:36
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A executiva do PSDB em Santo André colocou a liderança do governo na Câmara à disposição do prefeito Aidan Ravin (PTB). Apesar da decisão, tomada em reunião na noite de segunda-feira, o líder Marcelo Chehade contrariou o partido e ontem, durante encontro com o chefe do Executivo, decidiu atender ao pedido do prefeito e permanecer no posto. A decisão desagradou ao presidente municipal da sigla, José Luiz Cestari, que promete punição caso Chehade insista no cargo.

"O partido tem regras. Quem quiser fazer parte precisa segui-las. Se o que determinamos não for obedecido, teremos de tomar providências", enfatizou Cestari.

O vereador Paulinho Serra declarou que a decisão do partido foi registrada em ata. "Determinamos deixar a liderança até que seja acertado como participaremos do governo. Queremos ter parte nas decisões junto à Prefeitura. Estamos defendendo um governo no qual não atuamos. Parece que houve um erro de interpretação da decisão por parte do Chehade", destacou.

O líder afirmou que atendeu ao pedido do prefeito até que ocorra encontro entre o partido e Aidan. "Ele confia em meu trabalho e quer o PSDB junto, por isso, pediu para que eu fique. Apenas estou atendendo até a definição oficial, mas o prefeito antecipou que não tem intenção de mudar", explicou.

Hoje, às 18h, Aidan receberá a bancada e a executiva tucana. Amanhã, também às 18h, está programado encontro com os 15 parlamentares da base aliada para discutir maior participação no governo.

Segundo Cestari, integrantes do PSDB que hoje estão na administração não foram indicados pela liderança da sigla. "Foram convites individuais. Mas, não se trata de cargos, estou falando de propostas e discussões conjuntas", explicou. Hoje, participam do governo quatro pessoas ligadas ao PSDB andreense: Wilson Ponce, na Saúde, Marcos Medeiros e Airton Bíscaro como assessores do prefeito, e Pedro Bottaro, na Cultura. Nenhum deles tem status de diretor.

O episódio evidenciou um racha no tucanato andreense, o que para a oposição, pode levar à saída do PSDB da base de sustentação. "Pelo andar das coisas, parece que a sigla tende a ingressar um caminho de independência e compor com outros partidos descontentes, formando um bloco central", avaliou o vereador e presidente do PT, Tiago Nogueira.

O PSB também esboçou insatisfação com o governo. José Ricardo e Almir Cicote afirmaram que vão discutir ainda nesta semana se permanecem na base de sustentação de Aidan




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