A Cia de Danças de Diadema é a debutante deste mês. Não por apresentar algo novo, mas sim por completar 15 anos. Para comemorar, o grupo apresenta de quinta (dia 12) a domingo (15) uma amostra de seu repertório, que conta até hoje com 19 coreografias. As apresentações serão às 20h até sábado e às 19h no domingo. Sempre na ‘casa da companhia', o Teatro Claro Nunes, no Centro Cultural Diadema, e com entrada franca.

O grupo nasceu por iniciativa da Prefeitura e da coreógrafa Ivonice Satie (1951-2008), cujo aniversário de morte será também na quinta-feira. A atual diretora, a bailarina e coreógrafa Ana Bottosso, juntou-se ao grupo em 1998, tornando-se assistente de Ivonice no ano seguinte. Assumiu o grupo no fim de 2002, quando a fundadora foi para a Companhia de Dança do Amazonas.

"Quando cheguei em Diadema eu percebi que era uma companhia diferente, bem de vanguarda. A começar dessa ligação direta com o público. Quinze anos é uma vida. É uma alegria muito grande fazer parte disso, de pensar em tantos bailarinos que passaram por aqui e estão no cenário da dança ou pessoas que começaram nas oficinas e hoje são profissionais", detalha Ana, que dirige outros dez bailarinos.

O repertório apresentado até domingo é de quatro espetáculos. Na quinta, a abertura é com o mais recente, Meio em Jogo, de Francisco Júnior e Ivan Bernardelli, que estreou neste ano. Na sexta, é a vez de La Vie en Rose???, desenvolvida pelo casal radicado em Paris Denise Namura (brasileira) e Michael Bugdhan (alemão).

Da atual diretora, há Crendices... Quem Disse?, lançado em 2007, a ser apresentado no sábado. Por fim, encerrando as comemorações, Sala de Espera, de Luis Arrieta, de 2004.

Somada às apresentações do projeto ABCDança, que circula com apresentações, oficinas - da própria Cia de Danças de Diadema e de outras selecionadas - o grupo tem crescido em número de aparições. Tanto em 2008 quanto em 2009 os bailarinos se apresentaram em média em 90 espetáculos. Nos últimos quatro anos, o grupo travou contato com um público estimado em 120 mil pessoas, entre espectadores e participantes de oficinas. "Isso é muito significativo. Estamos falando de dança, que no País não tem a mesma popularidade que a música, por exemplo", comemora Ana.

A companhia sofreu neste ano com o sequestro da verba que atingiu a todas as Pastas da cidade. "Tínhamos um valor e isso foi reduzido. Vamos tentar reverter isso no ano que vem. Espero que as pessoas que estão no poder continuem incentivando, como sempre incentivaram, um projeto tão sério e importante para a cidade", aposta a coreógrafa.

Cia de Danças de Diadema - 15 Anos - Dança. De quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h. No Teatro Clara Nunes - Rua Graciosa, 300, Diadema. Entrada franca.