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TV por assinatura cresce, mas serviço exige cuidados
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
14/08/2010 | 07:14
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O setor de TV por assinatura teve crescimento de 13%, apenas no primeiro semestre. No entanto, mesmo com a expansão,, ainda falta muito para que as operadoras consigam oferecer preços justos e superar as críticas dos clientes. A cobrança do ponto adicional - que corresponde a cerca de 20% do valor do pacote contratado - voltou a valer e tem irritado consumidores.

Com ação movida pelo Procon-SP ainda em curso, o segmento conseguiu a extinção da liminar que proibia a cobrança, mas a entidade de defesa do consumidor aposta na queda do custo adicional. "Isso só pode ser cobrado quando o consumidor não for mais refém da empresa para comprar o aparelho. Hoje, você paga pelo aluguel porque eles não vendem nas lojas", defende o diretor do Procon de São Caetano, Alexandro Guirão.

O presidente da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura), Alexandre Annenberg, contesta a argumentação. "As pessoas dizem que é o mesmo de uma extensão telefônica, mas não é. É outro aparelho, independente, que tem seu custo de operação. Temos estudos que comprovam isso."

Annenberg afirma que, apesar das críticas, o setor desenvolveu-se muito no País e trabalha para melhorar os serviços. "O principal no nosso serviço é o bom atendimento e, durante muito tempo, a prioridade foi de construção da rede, avanço tecnológico e não o consumidor final. Mas essa fase passou. Recentemente, análise do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) avaliou no nosso atendimento e identificou a maioria como ótima. Ainda não é perfeito, mas estamos no caminho certo."

O presidente da ABTA ressalta que mesmo com a expansão do acesso a TV por assinatura, os preços devem demorar para cair. Hoje, são 8,5 milhões de clientes no País, mas seria necessário alcançar 17 milhões para baratear os custos.

As vendas casadas - feitas pelas empresas para reduzir despesas para quem contrata TV, banda larga e telefone - também seguem suspensas. "É a mesma rede e é benefício ao consumidor", avalia Annenberg. No entanto, o diretor do Procon alerta que quem compra os serviços em conjuntos encontra dificuldades em cancelar apenas um deles. "Na hora de contratar é fácil, mas de descontratar não."




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