Sommer, numa manhã de sol, transformou a rua Augusta em passarela de suas roupas, tanto para a imprensa e convidados, quanto para o público que passava por lá. Os modelos (alguns amigos do estilista, como seu colega de profissão Alexandre Herchcovitch) exibiram roupas corretas e usáveis, sem afetações ou brincadeiras em demasia. Vestidos leves, com saias plissados e tronco ajustado, casaquinhos e mantôs de lã mescla ou xadrez, tricôs e crochês em mantas e cachecóis pontuaram a coleção. O lado divertido ficou por conta dos escarpins de plástico, coloridos e abertos na frente, usados com meias soquete.
Depois, o mundinho da moda se dirigiu à galeria Vermelho. Num misto de surpresa e admiração, pessoas que sempre sentam na fila A procuravam as cadeiras, que não existiam. As modelos, com roupas coloridíssimas de patchwork, em formas inusitadas, amplas e, algumas meio ovais, ficavam em frente às obras de arte, da exposição Derivas, e o público tinha de se deslocar atrás delas, como se estivessem visitando a galeria. A proposta de que moda também é arte foi levada a sério e de forma correta.
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