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Piqueteiros testam plano de segurança com policiais desarmados
Da AFP
04/08/2004 | 21:35
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Grupos piqueteiros de pobres e desempregados puseram à prova nesta quarta-feira, em várias passeatas no centro de Buenos Aires, capital argentina, um novo plano oficial para prevenir incidentes, o qual inclui a atuação de policiais desarmados.

A mobilização de milhares de ativistas aconteceu em protesto contra à sanção de um duro código de convivência na cidade e contra a votação de uma lei fiscal que limita os gastos das províncias, exigida pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Grupos piqueteiros - formados pela central operária CTA, por partidos de esquerda e por organizações de estudantes - ocuparam durante horas várias horas ruas e avenidas do centro da capital, numa passeata concluída na Plaza de Mayo, em frente ao Congresso e à Casa Rosada, sede do governo.

Recentemente o governo pôs em prática uma nova estratégia de prevenção, após os severos incidentes ocorridos no dia 16 de julho deste ano, os quais resultaram na renúncia do ministro da Justiça, Gustavo Beliz, e na primeira crise da gestão Kirchner.

As autoridades mobilizaram cerca de 1,5 mil policiais para garantir a segurança de edifícios públicos e áreas estratégicas de Buenos Aires. O governo resiste às pressões de setores mais conservadores para atuar de forma mais dura contra os movimentos piqueteiros.

Os protestos ocorreram sem incidentes em diversos pontos da capital federal, apesar de causarem grandes congestionamentos de trânsito.

Um grupo de piqueteiros se concentrou diante da representação da província de Santa Cruz (onde Kirchner nasceu) em Buenos Aires, em solidariedade aos operários que há mais de uma semana ocupam uma unidade de produção de petróleo em protesto contra o desemprego.

Néstor Pitrola, dirigente do grupo piqueteiro Polo Obrero, afirmou que os grupos não possuem "estratégia violenta" e que contam com seus próprios "cordões de segurança". Eles protestam contra a aprovação de uma chamada lei de Responsabilidade Fiscal, formulada a pedido do FMI como condição para novos empréstimos e, pela qual se pretende controlar os gastos das províncias.




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