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Acordo com Mercosul será mais restrito do que com México
Do Diário do Grande ABC
21/03/2000 | 15:25
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A Uniao Européia vai negociar com o Mercosul uma área de livre comércio de forma diferente à concretizada com o México e com a Africa do Sul. Isto é, as futuras e eventuais concessoes comerciais que os europeus poderao fazer ao bloco regional serao bem menores e muito mais restritas das que fazem parte do acordo de livre comércio aprovado ontem em Bruxelas pelos ministros de Relaçoes Exteriores da Uniao Européia e do México.Em rápida entrevista, ontem, o comissário (ministro) europeu de Comércio, Pascal Lamy, disse que os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) têm acordos bem menos profundos do que os mexicanos com os Estados Unidos e com o Canadá no Nafta (North America Free Trade Agreement).

Lamy citou, por exemplo, a questao das regras de origem para os produtos, item onde o Mercosul avançou muito pouco. "O acordo do Nafta para os mexicanos é muito mais ambicioso do que o do Mercosul", afirmou Lamy. O acordo com o México, que será assinado na quinta-feira em Lisboa, prevê que 47% das exportaçoes européias de produtos industrializados ficarao isentos de qualquer imposto de importaçao no mercado mexicano, e no ano 2007, será a totalidade dos produtos que entrará nessas condiçoes. Lamy disse ainda que produtos agrícolas mais sensíveis (para os europeus) ficaram de fora do acordo com o México, entre eles as produçoes de flores, uvas e de sucos de uvas.

Lamy foi taxativo ainda ao afirmar que a Uniao Européia nao negociará a questao agrícola nas coindiçoes que o Grupo de Cairn, do qual faz parte o Brasil, quer. "Nao vamos aceitar tratar os produtos agrícolas da mesma forma como sao tratados os alimentos industrializados. Se for nessas condiçoes, a resposta é nao. Nao haverá negociaçao alguma", disse Lamy.




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