Além de diversas atrações culturais, como apresentações musicais, de teatro e de dança, havia um parque de diversões e 61 barracas de comes e bebes, artesanato e brincadeiras típicas de quermesse. Os destaques foram os shows de Lenine (no sábado) e de Tom Zé (domingo).
A auxiliar de esterilização Laiza Roberta de Oliveira Bastos, 22 anos, embora seja de Ribeirão, compareceu pela primeira vez à Festa do Pilar. Ela aprovou o evento: “Gostei porque é bem organizado e tem segurança. Deu para vir até com a família”.
Tanto entre o público quanto entre os comerciantes das barracas havia muita gente vinda de outras cidades. Um deles é o artesão Jaime Rodrigues Lopes, 74, que veio de Bertioga, no litoral paulista, para vender seus trabalhos em marchetaria.
Uma trupe de quatro pessoas (três do Grande ABC e uma de São Paulo), chamada Agentes Sonoros, divertiu os visitantes com suas performances, as quais são feitas a partir de músicas e poemas próprios. Érico Darwin Garcia, 25, um dos artistas, aproveitou para vender seus instrumentos de sopro criados com bambu, como saxofones e flautas.
Também integrante do Agentes Sonoros, Flávia Aparecida da Silva, 21, de Ribeirão, fez uma crítica: “O evento poderia ser mais diversificado no que diz respeito às barracas de artesanato. Em sua maioria, são as mesmas que ficam na praça central da cidade”.
O casal de amigos Wilma Pacheco, 17, e Eduardo Freire, 24, de Ribeirão, aproveitou o show de Tom Zé para dançar. “Venho à festa desde criança”, disse Wilma.
Show – O baiano Tom Zé, que realizou o espetáculo Persistindo os Médicos, os Sintomas Deverão Ser Consultados, até incluiu Ribeirão Pires em uma das canções apresentadas. Ele ensinou o refrão ao público que depois cantou junto: “Eu vou tomar um café e quero procurar por um bom pires, pires de Ribeirão Pires”.
“Em shows na Europa, sempre pegava os nomes complicados daquelas cidades e colocava no meio da canção. Lembrei disso e resolvi fazer o mesmo aqui em Ribeirão”, afirmou o músico em entrevista ao Diário.
Tom Zé apresentou-se pela primeira vez na estância turística, mas conhece o local desde os anos 70. “Teve uma época em que eu aparecia duas ou três vezes por semana em Ribeirão. Vinha na casa do Odair Cabeça de Poeta (cantor e compositor que foi baterista dos Novos Baianos e parceiro de Tom Zé em inúmeras composições)”, disse.
O irreverente Tom Zé também explicou sobre o nome do espetáculo. “Você ouve o tempo todo a frase ‘persistindo os sintomas, os médicos deverão ser consultados’, a qual resolvi inverter. Com isso, é como se tivesse propaganda minha a toda hora. Fiz uma apropriação malandra da frase”.
O primeiro espetáculo de Tom Zé em Ribeirão causou uma boa impressão no músico. “Fiquei surpreso com o público. Geralmente, em platéias grandes há muito burburinho, mas aqui não foi assim. Pareceu um show feito para a minha família. As pessoas parecem ter estudado antes as canções, formando um público preparado”.
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