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Artistas que não se apresentam em colônias judaicas recebem apoio
Da AFP
31/08/2010 | 09:25
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Mais de 150 professores universitários israelenses assinaram um manifesto no qual apóiam os artistas que se recusam a fazer apresentações nas colônias judaicas da Cisjordânia, em particular a de Ariel.

Na semana passada, 50 artistas e dramaturgos israelenses, membros das principais companhias teatrais de Israel, assinaram um comunicado no qual anunciavam que se recusariam a atuar em Ariel, uma das maiores colônias da Cisjordânia, onde recentemente foi inaugurado um centro cultural.

Os universitários, que assinaram um manifesto de solidariedade, afirmam que apóiam "os artistas que se recusam a fazer apresentações em Ariel".

"Saudamos a coragem deles e agradecemos por terem colocado de volta no primeiro plano o debate sobre as colônias".

Um dos signatários, o professor Nissim Calderon da Universidade Ben Gurion de Beersheba, afirmou à radio militar que é favorável a um "boicote cultural das colônias construídas em violação do direito internacional nos territórios ocupados".

Em um segundo manifesto público, escritores como David Grossman, A.B. Yehoshua, Amos Oz e o escultor Dani Caravan também pretendem manifestar apoio aos artistas.

A iniciativa dos artistas provocou uma polêmica no mundo do espetáculo, assim como a revolta dos colonos e da direita israelense.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou no domingo que Israel "é vítima de uma campanha internacional de 'deslegitimização' e que qualquer boicote é inaceitável - ainda mais dentro do país e quando provém de gente financiada pelo Estado".




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