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Buenos Aires,
uma terra muy amiga
Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
25/08/2011 | 07:19
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Deixe a rivalidade para o futebol e aproveite a capital do nosso maior inimigo dentro das quatro linhas sem qualquer tipo de preconceito. Ir para Buenos Aires é uma ótima opção para a primeira, segunda ou infinita viagem internacional. Além da proximidade - cerca de duas horas de voo - o idioma é um pouco parecido e o real está supervalorizado.

A Argentina é um país muito aconchegante: o charme das ruas largas no centro da capital, os monumentos, os museus, as comidas maravilhosas - principalmente as carnes - e as ofertas nos preços das roupas e calçados deixam os brasileiros completamente, como se diz, em casa.

Para o passeio não ficar limitado ao consumo, existem muitas outras opções para curtir na terra dos hermanos, seja um passeio em uma casa de tango, ou na Praça de Maio, onde as decisões políticas são tomadas. Também tem o magnífico Puerto Madero, as igrejas seculares e o Cemitério da Recoleta, onde está sepultada a ex-primeira-dama Evita Perón.

Andar a pé pelos bairros elegantes, como Recoleta ou Palermo, é imprescindível. E os museus de arte - abrindo brecha para o do futebol, no tradicional Estádio La Bombonera - são excelentes espaços para aprender e desvendar mais sobre a cultura de um país vizinho e próximo, embora tão diferente na sua estrutura e na rotina.

Segundo os moradores de Buenos Aires, no primeiro momento a cidade lembra Paris, mas após uma semana de convívio começa-se a enxergar a África que também existe por lá. A desigualdade e a pobreza são alguns dos grandes problemas deles e muito parecidos com os nossos.

Mas por isso devemos ter medo de andar pelas ruas da capital? Não. O policiamento é constante e o Diário não encontrou problemas ou viu qualquer tipo de assaltos ou crimes em quatro dias de estadia por lá.

Os brasileiros precisam atentar, de qualquer forma, para a lábia dos argentinos. Nisso eles são bons, principalmente os taxistas. Fuja das lojas indicadas por eles, sempre peça para ligar o taxímetro e pergunte quanto a corrida ao local desejado pode custar antes de entrar no veículo, de preferência ainda no hotel.

Outro problema é com a troca de notas originais de peso argentino por cédulas falsas. Aqui no Brasil a equipe foi alertada já na casa de câmbio. Por garantia, faça uma cópia de todas as notas. "Os taxistas e vendedores são especialistas neste golpe. Preste atenção caso ele peça a sua nota e depois te devolva informando que não tem troco", disse o funcionário da casa de câmbio.

 

PORTUGUÊS NAS RUAS

Nas grandes vias do centro de Buenos Aires - como Florida, Santa Fé e Córdoba -, você vai pensar que está andando em São Paulo. Esses são locais de maior concentração de brasileiros. Até os camelôs falam português.

Aqui você vai encontrar promoters de casas tradicionais de tango, que, infelizmente, são apenas para caçar dólares ou reais. Fuja, mas como o diabo foge da cruz, de lugares como o Senor Tango. Além de custar muito caro - cerca de R$ 80 pela entrada ou R$ 200, com direito a jantar -, é um show para estrangeiros e completamente brega. A produção é de uma cafonice terrível, com certeza os turistas vão sair de lá com vergonha de ter entrado.

Procure casas pequenas que existem pelas ruas do centro. Enfim, viaje com calma e disposição para andar e conhecer um país diferente e interessante.




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