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Novo reality show tem como cenário sul da Patagônia
André Bernardo
Da TV Press
01/04/2003 | 20:07
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A Terra do Fogo, no extremo Sul da Patagônia, na Argentina, é uma das regiões mais remotas do planeta. O lugar é conhecido pelos ventos cortantes, que chegam a 100 km/h, e pelas baixas temperaturas, de quase 30 graus negativos. E é justamente nesse cenário hostil e desolador que Celso Portiolli começa a apresentar, a partir do dia 12, o mais novo reality show da TV brasileira, O Conquistador do Fim do Mundo.

Orçado em US$ 5 milhões, o projeto reúne competidores e emissoras de cinco países: Brasil, Estados Unidos, México, Chile e Equador. “Não dá nem para comparar com outros reality shows porque o formato é inédito. Os competidores não vão passar fome ou enfrentar provinhas”, diz o apresentador.

O formato inovador ao qual se refere Celso Portiolli é da Promofilm, produtora hispano-argentina, e será exibido simultaneamente nos cinco países. Cada um deles escolheu um apresentador e 12 competidores, seis homens e seis mulheres, para representá-los.

“Desde os tempos do Passa e Repassa, o Celso tem sua imagem associada a gincanas de competição. As características do apresentador têm tudo a ver com o perfil do programa”, justifica a escolha o diretor Alfonso Aurin, do SBT.

Quanto aos competidores, os 12 foram selecionados entre os 22 mil inscritos pela internet. Entre as condições impostas aos candidatos a conquistadores do fim do mundo estão nadar bem e gozar de boa saúde.

De fato, os 12 competidores terão de demonstrar muito preparo físico e resistência. Afinal, eles vão enfrentar, a cada semana, 12 diferentes provas, que inclui desde a travessia de lagos até a escalada de montanhas. A meta é chegar à Terra do Fogo e, assim, conquistar o fim do mundo.

A partir da próxima segunda, dia 7, o SBT começa a mostrar o perfil dos 12 competidores brasileiros em boletins diários de 15 minutos que vão ao ar antes do Programa do Ratinho.

“O maior desafio será despertar o sentimento de nacionalidade no público e criar uma torcida igual à da Copa do Mundo”, afirma Celso, que também intensificou os exercícios físicos. O apresentador perdeu cinco quilos de gordura e ganhou dois de massa muscular.

A seleção brasileira de O Conquistador do Fim do Mundo foi escolhida por uma comissão técnica formada pelos ex-jogadores Pampa (vôlei) e Paula (basquete), o iatista Lars Grael e o médico Moisés Cohen.

Todos os 120 finalistas passaram por uma rigorosa bateria de testes físicos e exames médicos. “Tivemos o cuidado de selecionar os mais preparados para as provas de destreza e resistência física. Não escolhemos marombados ou popozudas”, diz Aurin, que se tornou uma espécie de Boninho do SBT.

A exemplo do diretor da Globo, responsável pelo núcleo de reality shows, Aurin também supervisiona os exemplares do gênero na emissora de Silvio Santos. Foi ele quem montou, por exemplo, as três edições de Casa dos Artistas. “Reality show chegou para ficar porque um nunca é igual ao outro. Cansa-se de um, inventa-se outro”, afirma.




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