A contratação de projeto executivo para a construção de uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) da Capital até São Bernardo, passando por São Caetano, foi destaque na reunião de ontem entre os prefeitos do Grande ABC. O custo é estimado entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões e deve contar com apoio dos governos estadual e federal.

A integração entre a Capital e a região foi discutida em duas frentes. Primeiro a ‘física', com o ‘fura-fila' ligando a futura estação Tamanduateí do Metrô com as proximidades das avenidas Lauro Gomes e Rudge Ramos, em São Bernardo. Depois, a operacional, com a implementação de bilhete único.

A ideia inicial é fazer com que os trilhos do VLT passem sobre o Ribeirão dos Meninos em um percurso de cerca de quatro quilômetros de extensão. Haveria ainda a interligação com o sistema de ônibus da EMTU (Empresa Metropolitano de Transportes Urbanos), que passa por São Bernardo e Diadema.

A construção do VLT é um paliativo ao antigo desejo do Grande ABC de ser atendido por uma linha do Metrô. "Pode ser um substituto por algum tempo, até porque não se tem projeto algum em andamento na Secretaria de Transportes para se trazer o Metrô à região", afirmou o prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PTB), presidente do Consórcio Intermunicipal.

Auricchio diz que o projeto será levado também à Brasília. Há um encontro entre os sete prefeitos da região, mais Gilberto Kassab (DEM), de São Paulo, previsto para o dia 17, com representantes do governo federal. O plano conta também com o apoio do governador José Serra (PSDB).

INTEGRAÇÃO
As discussões sobre a implementação de um bilhete único na região ainda estão em fase embrionária. O sistema foi abordado na reunião de ontem, mas ainda não há nada concreto. Apesar das conversas ainda não terem avançado, a adoção do bilhete é tida como certa por representantes dos municípios.

O único prefeito ausente no encontro do Consórcio Intermunicipal foi Aidan Ravin (PTB), de Santo André.