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Finalistas engrandecem o Paulistão
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
03/05/2010 | 07:00
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O Campeonato Paulista foi a comprovação de que o futebol ofensivo ainda tem espaço dentro das quatro linhas. Santos e Santo André chegaram a final, indiscutivelmente, como as melhores equipes de toda a competição. Cada um a sua maneira, mas com estilo de jogo parecido: muita velocidade e incrível vocação para o ataque.

Os números não mentem. As equipes foram as únicas que marcaram gols em todos os 23 jogos e terminaram como os melhores ataques da primeira fase, o Santos com 61 gols, média de 3,21 por jogo e o Santo André com 45, média de 2,36. Nas semi e na final, ninguém tirou o pé: os santistas fizeram 11 gols, enquanto os andreense marcaram nove.

O cartão de visita do Santos, goleada por 4 a 0 sobre o Rio Branco, foi um aperitivo para os shows que os Meninos da Vila iriam proporcionar. Se já era forte, na sétima rodada, com a estreia de Robinho, o Peixe ganhou status de time invencível. Foram nove vitórias seguidas que consolidaram a equipe na liderança. E os shows iam acontecendo, destaque para o massacre sobre o Ituano por 9 a 1 e o 5 a 0 sobre o Monte Azul.

Enquanto isso, o Santo André, depois de um começo instável, com empates diante de Ponte Preta (1 a 1) e São Caetano (2 a 2), conseguiu equilíbrio justamente depois do revês para o Santos (2 a 1), na sexta rodada. A exemplo do rival da decisão, o Ramalhão encaixou sequência de sete vitórias seguidas, com destaque para os 3 a 1 sobre o Palmeiras, em pleno Palestra Itália. Parou na derrota para o Corinthians, por 2 a 1, em Barueri.

E quando chegou o momento de decidir, o embalo da fase de classificação fez a diferença. O Santos não tomou conhecimento do rival São Paulo. Está certo, teve dificuldades no primeiro jogo (vitória por 3 a 2), mas depois passeou na Vila Belmiro (3 a 0). O Santo André foi a Prudente e fez 2 a 1 no Grêmio, depois, quando resolveu mudar o estilo e deixar de atacar, foi surpreendido, mas a derrota por 2 a 1 classificou o time, exatamente pela vantagem obtida na fase de classificação.

Por todo esse retrospecto, o incrível jogo que definiu a competição não pode ser encarado como surpresa. Foi a festa que o futebol merecia, às vésperas da Copa do Mundo, um verdadeiro brinde ao Páis do futebol.




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