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Comissao cadastra famílias do Jd.Falcao
Graciela Andrade
Da Redaçao
17/01/1999 | 19:49
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Cerca de 420 famílias que perderam suas casas durante a açao de despejo do Jardim Falcao, em julho do ano passado, foram cadastradas no último fim de semana pela comissao dos ex-moradores do terreno. Trata-se de um dos procedimentos necessários para que possam entrar na Justiça com um pedido de indenizaçao à Prefeitura de Sao Bernardo.  

Além do cadastro, os ex-moradores também preencheram um atestado de pobreza. No próximo dia 31, a comissao volta a se reunir, dessa vez, para marcar a data que entregarao a procuraçao, com firma reconhecida, aos advogados da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) seçao Sao Paulo. Os advogados entrarao com uma açao indenizatória.  

De acordo com Anésio Ricci, 51 anos, integrante do MSTU (Movimento dos Sem-Teto Urbano de Sao Bernardo), e também integrante da comissao dos ex-moradores, a OAB vai tentar primeiramente um acordo com a Prefeitura. "Queremos que o prefeito Maurício Soares receba a comissao", afirmou Anésio.  

Os moradores foram cadastrados no galpao de madeira, construído em mutirao, na estrada dos Alvarenga, para reunir a comissao. O ajudante de produçao Lucivaldo Pereira dos Santos, 36, que compareceu ontem à tarde ao local para receber a procuraçao da OAB, também espera indenizaçao.  

Quando ocorreu a batalha campal entre a Polícia Militar e as famílias, Lucivaldo ainda nao tinha se mudado para o Jardim Falcao. Sua casa, avaliada em R$ 25 mil, estava em fase de acabamento. Atualmente, ele, a mulher e os dois filhos moram de aluguel no Núcleo Sao Jorge.   

Falsidade - Os integrantes da comissao dos ex-moradores do Jardim Falcao alertam a populaçao para nao contribuir com um grupo de pessoas que estaria usando o nome da comissao para arrecadar dinheiro com a venda de objetos em praças públicas. Segundo Sônia Maria dos Santos Vargas, 46, a comissao está precisando de ajuda, no entanto há um grupo de pessoas que nao pertencem aos ex-moradores, mas tentam tirar proveito disso.




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