Os onze membros da Organizaçao de Países Exportadores de Petróleo, que asseguram 35% da produçao mundial, se reunirao em Viena para uma conferência extraordinária, destinada a examinar as consequências do aumento da produçao em 1,65 milhao de barris por dia, decidido no dia 28 de março passado.
Sauditas e iranianos se enfrentaram na ocasiao. O Ira, cansado das pressoes norte-americanas, recusou-se a firmar o acordo destinado a acalmar a febre dos preços. Contidos em princípio, logo recobraram sua tendência altista, arrastados pela recuperaçao econômica mundial.
Aprovado igualmente em março, o mecanismo de ajuste, instaurado para controlar o mercado, prevê aumento ou reduçao automática da produçao em 500 mil barris por dia se os preços do petróleo evoluírem acima dos 28 dólares ou abaixo dos US$ 22 por vinte dias consecutivos.
Este acordo nunca foi aplicado, embora os preços do petróleo tenham atingido níveis jamais vistos desde a guerra do Golfo, roçando os US$ 32 por barril em Londres e os US$ 33 em Nova York na semana passada.
Para justificar-se, Arábia Saudita e Ira argumentam que a causa do aumento deve ser buscada nas tensoes do mercado norte-americano da gasolina e nao na escassez da oferta.
De qualquer modo, segundo os analistas econômicos, parece improvável que a OPEP nao decida aumentar a produçao na quarta-feira.
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