Cinco dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) admitiram à revista “Veja” que suspeitam da existência de grampos ilegais em seus telefones. Os magistrados crêem que a banda podre da Polícia Federal seria responsável pelas escutas.

De acordo com a Veja, o ministro Sepúlveda Pertence chegou a pedir aposentadoria antecipadamente por causa dos supostos grampos. Para confirmar as suspeitas, ele conta que uma gravação para constrangê-lo foi divulgada na mesma época em que era sondado para chefiar o Ministério da Justiça, órgão ao qual a Polícia Federal está subordinada.

A publicação diz ainda que, em setembro de 2006, o ministro Cezar Peluso queixou-se de barulhos estranhos nas suas ligações e uma empresa especializada foi chamada para uma varredura. A companhia detectou indícios de monitoramento ilegal nos telefones de Peluso e do ministro Marco Aurélio Mello, além da linha de fax do ministro Marcelo Ribeiro, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

De acordo com a revista, Marco Aurélio Mello também recebeu uma mensagem eletrônica de um remetente anônimo, informando que seus telefones estavam grampeados e que policiais ofereciam as gravações em Campo Grande. O mesmo estaria acontecendo com o ministro Celso de Mello.