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Cheque sem fundo alcança menor patamar
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/10/2010 | 07:27
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O consumidor tem conseguido honrar suas dívidas. Em setembro, o número de cheques sem fundos no Brasil atingiu seu menor patamar para o nono mês do ano, desde 2004. Foi devolvido 1,59% do total de cheques compensados no mês, conforme revela o indicador Serasa Experian.

Na relação entre os acumulados de janeiro a setembro, o percentual de cheques devolvidos também foi o menor desde 2004. Ao longo dos nove meses de 2010, houve 1,80% de devoluções.

Para os economistas da Serasa, a queda da taxa de inadimplência com cheques é reflexo da maior disponibilidade de linhas de crédito aos consumidores. Com maior disponibilidade de crédito, os compradores diminuem a utilização do cheque pré-datado como meio de financiamento.

Isso reduz o risco de inadimplência deste meio de pagamento, melhorando a sua qualidade. Além disso, o bom momento vivido pela economia favorece uma administração mais eficiente do caixa das empresas, contribuindo para diminuir a incidência da devolução, por insuficiência de fundos, das folhas emitidas por pessoas jurídicas.

O economista e professor da região Sandro Maskio acredita que a melhoria do nível de emprego e, consequentemente, da renda do trabalhador tem ampliado a capacidade das pessoas pagarem suas dívidas sem atraso.

Segundo ele, é comum ver clientes trocarem os altos juros do cheque especial por outras opções mais vantajosas, como crédito consignado. Com isso, as pessoas se endividam menos e pagam melhor os compromissos mensais. "Além disso, os clientes têm optado por utilizar mais os cartões (débito e crédito) do que cheques, o que explica a queda de inadimplência com os papéis", afirma Maskio.

ESTADO
De janeiro a setembro, São Paulo foi o Estado de menor percentual (1,36%), segundo balanço da Serasa.




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