A economia dos Estados Unidos continua sendo a locomotiva mundial e as previsões para 2005 e 2006 se anunciam "em geral favoráveis", indicou nesta sexta-feira a missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) encarregada de redigir o relatório sobre evolução da economia americana de 2005.

"Há um acordo geral para dizer que as previsões para os Estados Unidos para 2005 e 2006 são em geral favoráveis", indicam os especialistas do Fundo em suas conclusões. "Se esperamos que a economia americana ultrapasse novamente a dos outros membros do G7, o desafio será de proteger as previsões das incertezas e dos riscos consideráveis", destacaram.

Esta análise é feita todo ano com os Estados membros do FMI e é sintetizada num relatório chamado "Artigo IV" que deve, em seguida, ser adotado pelo conselho administração do Fundo.

Segundo especialistas do Fundo, o crescimento americano deveria desacelerar e ficar em torno dos 3,5% nos dois próximos anos, mas não há sinais de redução do enorme déficit do balanço de conta-corrente.

As conclusões dos especialistas destacam também que "a frágil taxa das poupanças domésticas americanas e o importante déficit do orçamento federal nos EUA criam vulnerabilidades para a economia" enquanto os déficits continuam amplamente financiados pelos credores estrangeiros e as empresas que compram obrigações americanas.

Entre as eventuais vulnerabilidades, especialistas do FMI notaram um desaquecimento marcado pelas despesas domésticas em particular se o mercado imobiliário se desacelerar.