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Criadores temem agravamento da crise da febre aftosa
Das Agências
12/03/2001 | 14:35
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Os criadores de gado britânicos se preparam para a extensão da epizootia da febre aftosa e a oposição conservadora reclama a ajuda do exército, apesar das declarações otimistas do ministro da Agricultura, Nick Brown, segundo as quais a enfermidade foi "freada".

Pela primeira vez, o Governo irlandês (cujo país se manteve até agora à margem da doença) criticou em termos muito severos a forma como Londres enfrenta essa crise.

Exatamente três semanas depois do aparecimento dos primeiros sinais "extremadamente suspeitos" de casos de febre aftosa em um matadouro de Little Warley, no Sul de Brentwood (Essex, sudeste da Inglaterra), em 19 de fevereiro, o ministério da Agricultura multiplica as declarações tranqüilizadoras, sem convencer os criadores ou seus profissionais do turismo, severamente afetados pelo nervosismo da opinião pública.

O triste recorde do número de focos detectados em um único dia foi batido de novo no domingo, com outros 25 casos.

Nesta segunda-feira, até meados do dia, eram 168 no total os casos em todo o país. Novos condados se vêem afetados todos os dias, uma prova de que a "epizootia não está controlada geograficamente", observou o NFU (National Farmers Union), principal sindicato agrícola.

Milhares de cadáveres de animais são incinerados diariamente, apesar da tarefa ser esgotante, e a oposição conservadora acha que o Governo deveria pedir a ajuda do exército para auxiliar os criadores.

"O MAFF deverá pedir ao exército, que está bem equipado para enfrentar este tipo de crise, que ajude na incineração dos corpos", declarou este domingo o porta-voz da Agricultura, Tim Yeo.

Esta segunda-feira, cerca de 155 mil animais foram classificados como futuras vítimas do matadouro. Desse total, 116 mil já foram sacrificados.




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