As ações dos guardas-civis de São Caetano foram criticadas por especialistas em segurança pública. Extrapolar a competência constitucional da corporação foi o primeiro equivoco cometido pela equipe, segundo o ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho. "Na medida em que a GCM encontra uma situação de crime, deve chamar a polícia, principalmente se há suspeita de os criminosos estarem armados."

Delegado e pesquisador criminal, Jorge Lordello admite que o trabalho cotidiano dos homens e mulheres que servem à corporação vai além do que determina a constituição. "O que acontece é que as guardas, em muitos casos, deparam com situações flagranciais (de crime) e isso acaba legitimando uma prisão por um integrante." Perseguir um veículo roubado em alta velocidade e trocar tiros com criminosos, contudo, exigem preparação específica. "Aí nós temos um outro ponto e entendemos que as guardas municipais não são treinadas efetivamente para fazer essas operações."