Cheio de dúvidas para escalar o time que enfrenta o Chivas, do México, hoje, às 21h50 (Sportv), pelo Grupo 6 da Copa Libertadores, o técnico Emerson Leão, do Santos, apela para o brio de seus jogadores e exige uma reação na Vila Belmiro.

“Não dá nem para comentar o último jogo. Abusamos da paciência de todo mundo. Não podemos voltar a jogar assim”, admite Leão, referindo-se à derrota por 1 a 0 para o Sertãozinho.

O péssimo desempenho da equipe deixa o treinador preocupado para o confronto de hoje. Ele acredita não ser possível que o time repita uma atuação tão ruim como a do Paulista. Para garantir isso, promete mexer com o ânimo do elenco e já deu uma mostra de como será sua preleção para o jogo diante dos mexicanos.

“Temos problemas para escalar o time. Se sobrarem só 11, esses têm de entrar em campo inflamados, para fazer valer o nome do Santos. Tem de haver vontade, transpiração e dor. Quando se consegue uma conquista com sofrimento, ela vale muito mais. Temos de nos sacrificar”, pede o técnico, dizendo que gostaria de estar dentro de campo para ajudar a empurrar o time.

Ontem, os vários problemas físicos fizeram com que Leão apontasse dificuldade de comunicação entre os médicos e os jogadores machucados. O treinador criticou a postura dos atletas, que folgaram domingo e não procuraram se tratar, e lamentou que não houve por parte dos médicos a iniciativa de convocá-los para fazer uma revisão.

O lateral-direito Dênis, o zagueiro Domingos e o atacante Wesley se desgastaram durante o jogo contra o Sertãozinho e se reapresentaram com dores. Leão reclama que só ficou sabendo dos problemas ontem.

“Fui perguntar para os jogadores porque eles não vieram no domingo para começar a tratar, eles disseram que ninguém pediu. O médico de plantão, o Fábio (Novi) os aconselhou a virem só na segunda-feira para fazer a ressonância. E o jogo é terça (hoje). Realmente, temos muitos problemas”.

Fábio Novi não quis se pronunciar, mas garante que havia médico no CT Rei Pelé no fim de semana.