A imprensa foi levada para dentro do presídio para escutar as reivindicações. Uma equipe do Bope realiza uma 'operação pente-fino' nas celas e faz a recontagem dos presos. Até o momento somente uma arma foi encontrada.

O comandante-geral da PM, coronel Renato Hottz, declarou que os amotinados foram vencidos pelo cansaço, já que eles estavam sem alimento, luz e água. Ele disse também que a rebelião teve uma longa duração pelo fato dos detentos não terem um representante fixo. Segundo Hottz, a intenção inicial era uma fuga em massa, e não a realização de uma rebelião.

A rebelião teve início por volta das 5h de segunda, durante o café da manhã, quando os presos tomaram as armas dos policiais. Na ocasião, pelo menos 30 presos fugiram da Casa de Custódia. Doze deles já foram recapturados. Os últimos foram localizados na Avenida Brasil.

Na segunda-feira, um dos presos rebelados informou por telefone à imprensa que eles estariam armados com duas granadas, duas bombas caseiras, duas pistolas e um botijão de gás, que teria sido amarrado aos reféns.

Os detentos exigiam a exoneração do atual diretor do presídio, a troca de empresa que fornece as refeições e a transferência dos internos que já tiveram suas sentenças definidas pela Justiça. A finalidade da Casa de Custódia Pedro Melo é abrigar os acusados que aguardam pela pena. Atualmente 570 presos se dividem em celas projetadas para abrigar apenas 500 homens.

Um dos presos, identificado como Haroldo, teria sido escolhido para negociar o fim do motim. Toda a cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro está no local.

Os familiares dos detentos continuam em frente ao presídio, tentando conseguir notícias sobre a situação. Mulheres tentaram bloquear o tráfego na região, jogando cestos de lixo e cadeiras de um bar contra os policiais. Houve muita confusão, mas a situação já foi normalizada.