Filippi afirmou que enfrenta problemas com os empresários e acredita que a licitação que vai fazer no próximo mês para a concessão de algumas linhas não contará com a participação de empresas, já que exigirá vários investimentos no setor, além da cobrança de taxa para operar na cidade. “Eu tenho a ligeira impressão de que essa licitação será vazia”, afirmou.

O prefeito disse ainda estar com um sério problema na relação com os empresários de transporte por não aceitar o pagamento de uma dívida de R$ 12 milhões deixada pelo seu antecessor, Gilson Menezes (PSB). “Houve uma apropriação indébita do dinheiro dos passes”, disse.

Se depender de Filippi, a dívida irá virar precatório (dívida judicial). “Se tiver de colocar R$ 12 milhões eu vou investir na ETCD e se for o caso ela vai assumir 100% das linhas. Estou tranqüilo, porque sou um novo aliado dos trabalhadores da ETCD. Eles são os meus companheiros”, disse.

O prefeito disse que descartou a privatização da empresa a partir do momento que os 400 funcionários aceitaram em julho último a redução na folha de pagamento (economia de R$ 350 por mês). Em assembléia, os funcionários concordaram em congelar os salários e reduzir o vale-refeição de R$ 7,50 para R$ 6,08. O abono de cinco dias nas férias também foi extinto. O vale-refeição nas férias também acabou e as horas-extras passaram a ser de 50% a mais. Pela regra anterior, após a terceira hora extra o funcionário recebia 100%.

Protestos – O petista afirmou que os protestos que começaram a surgir na cidade, liderados pelo ex-vereador Manoel Boni contra uma suposta privatização da ETCD, perderam o sentido a partir da redução nos gastos com pessoal. “Os funcionários confiaram em mim e ganharam um aliado. Os protestos teriam sentido há um mês atrás, quando eu mesmo conversei com os funcionários e alertei que se não houvesse colaboração da parte deles, a empresa seria privatizada”, afirmou Filippi, acrescentando que pretende mudar o nome da empresa para Nova ETCD.

Integração – O prefeito prometeu manter a integração de ônibus na cidade. A integração possibilita ao usuário pagar uma única passagem no sistema. “Isso é uma coisa inegociável e que nunca vai acabar. Nossos inimigos tentam plantar essa mentira. A integração é irrenunciável, inegociável e imexível”, disse Filippi.