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Serra não rebate ‘grosseria’ do presidente
21/08/2006 | 23:35
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O candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, reagiu ontem às acusações de que “vomitava preconceito”, feitas domingo pelo presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, durante comício em Osasco. “Ele (Lula) foi tão grosseiro que eu não me sinto em condições de travar um diálogo. A hora em que ele fizer observações sem grosseria, eu posso responder”, destacou Serra, após almoço com empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Questionado se teme alguma retaliação por parte do presidente Lula, caso o candidato de seu partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin, não vença este pleito, Serra foi cauteloso: “São Paulo não pode sofrer retaliação impunemente. Não acredito que sofra retaliação de nenhum presidente da República, pelo peso que tem o Estado e a força que vou dar para o governo de São Paulo”, disse, e complementou: “Eu espero que essa consideração seja desnecessária, porque estou confiante na eleição de Alckmin”.

José Serra trouxe ontem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de volta ao cenário eleitoral. Durante evento com empresários na Fiesp, ele defendeu o governo FHC e citou números da agricultura para comparar com o atual governo. Segundo ele, entre 2001 e 2003, a agricultura cresceu 12% ao ano. Ainda em 2001, a agricultura colheu no governo FHC, de acordo com Serra, 81 milhões de toneladas de grãos.

Em 2003, como reflexo da safra de 2002, colheu 123 milhões de toneladas. Já o governo Luiz Inácio Lula da Silva, conforme destacou Serra, colheu 114 milhões de toneladas de grãos e a área plantada caiu 9 milhões de hectares. “A agricultura está sendo destruída no atual governo e isso tem implicações gravíssimas do ponto de vista da produção e das condições sociais de vida”, comentou.

Apesar de dizer que não responde diretamente às declarações de seu adversário, o petista Aloizio Mercadante, Serra trouxe FHC para o centro dos debates justamente após críticas de Mercadante, que acusava os tucanos de esconderem ex-presidente e não defenderem seu governo.

Na conversa com os empresários da Fiesp, Serra disse que a maior parte de suas propostas coincidia com as idéias dos empresários. Ele propôs a criação de três agências: uma de competitividade e tecnologia, uma de investimentos e uma de fomento, todas subordinadas a uma secretaria, que seria um misto das atuais Secretarias de Indústria e Ciência e Tecnologia.



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