Sindicato deverá recorrer ao poder público para ajuda ao setor
ouça este conteúdo
|
readme
|
Os postos de combustíveis no Grande ABC registraram uma diminuição de até 70% nas vendas desde a última semana. A queda brusca na procura aconteceu por causa da quarentena recomendada pelas autoridades de saúde para evitar o contágio pelo novo coronavírus. A mudança chegou a diversas empresas que aplicaram o home office e também na própria população, que diminuiu o número de saídas de casa.
Conforme o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMR), Wagner de Souza, a situação é delicada. “Por exemplo, se um posto antes abastecia 10 mil litros, agora ele faz somente 3.000. Muitos vão acabar quebrando”, disse.
O sindicalista informou que a entidade espera ajuda do governo federal para lidar com a situação causada pela pandemia, e também deve entrar com pedido no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. “Em relação ao governo federal, estamos pleiteando subsidiarem 50% dos salários dos frentistas durante dois meses, para evitar demissões. Também mandamos um ofício para o Ministério da Economia para falar de isenção de encargos trabalhistas. Na região, por meio do Consórcio, vamos pleitear a postergação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”, afirmou.
Nesta semana, a Petrobras anunciou a redução dos preços da gasolina em 15% nas refinarias. A queda acontece por causa da desvalorização global do preço do barril de petróleo. “Reduziu muito, mas os postos não estão repondo os estoques na mesma velocidade. Então, são poucos os postos que já abasteceram com este combustível mais barato”, informou o dirigente.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), levantados pelo Diário, na última semana, a média do litro da gasolina custava R$ 4,340 nos postos do Grande ABC (veja mais na arte acima). Em compensação, o diesel sai por volta de R$ 3,620 e o etanol, R$ 3,081.
ESTATAL
A Petrobras anunciou ontem série de medidas para preservar seu caixa, em meio ao cenário de incertezas. A estatal cortou a produção, reduziu investimentos previstos para este ano, postergou pagamento de dividendos e de parte da remuneração de gestores, adiou o recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos funcionários e pagamento de férias. O pacote de ajustes incluiu ainda uma diminuição da produção de suas refinarias e a paralisação de plataformas onde o custo é mais elevado, entre outras ações.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.