O tempo de espera para atendimento nas unidades de Saúde de Mauá poderá ser de no máximo 15 minutos. É isso que prevê projeto de lei que será votado hoje na Câmara Municipal da cidade. Se aprovada e posteriormente sancionada pelo Executivo, a regra vai valer para UBSs (Unidades Básicas de Saúde), hospitais e ambulatórios da rede pública.

A proposta de estabelecer um tempo máximo para o atendimento é de autoria do vereador Edgard Grecco Filho (PDT). Na prática, o projeto extinguiria o longo tempo de espera nas filas no município. O parlamentar, no entanto, não acredita que o prefeito Oswaldo Dias (PT) vá sancionar o proposta. "Normalmente a Prefeitura veta projetos que demandam mais orçamento como esse", declarou o vereador.

Apesar disso, o parlamentar disse que o objetivo principal do projeto de lei será alcançado, que é chamar a atenção da sociedade para a situação da Saúde no município. "É grande o volume de atendimentos na rede, com filas que duram horas. Aliás, o quadro é o mesmo em todo o Brasil. É preciso humanizar o atendimento e elaborar campanhas de prevenção para reduzir os custos com tratamentos", concluiu o vereador.

O secretário de Saúde, Paulo Eugenio Pereira Júnior, foi procurado em seu gabinete mas não foi encontrado para comentar o projeto.

Ele não soube precisar o tempo médio de espera atual, que chega a três horas, segundo apurou o Diário. Se a proposta (após aprovada em plenário) for vetado pela Prefeitura, a Câmara Municipal ainda pode derrubar o veto.

QUINZE MINUTOS - O vereador sugeriu o tempo de 15 minutos com base na lei de espera nas filas de banco,que estabelece multas para as agências que obrigam seus clientes ficarem mais que este período na fila. "Sugeri 15 minutos porque é o ideal. Mas é um ponto de partida da discussão dentro da Câmara", comentou Grecco.

O projeto defende, ainda, que para controle do tempo deverá ser usado um sistema de senha e que o tempo máximo de espera deverá ser afixado em local visível ao público. Caso o prazo não seja cumprido, caberá a aplicação de penalidades administrativas.

Por fim, os próprios usuários poderão denunciar o descumprimento à Secretaria Municipal de Saúde.