O Palmeiras encara o Atlético-PR, às 21h50 de hoje, na Arena da Baixada, em Curitiba, disposto a deixar para trás a sina de sexto colocado no Brasileiro. Há várias rodadas o Verdão encontra-se no mesmo patamar e a ideia é tirar proveito da má fase do adversário, que está na zona de rebaixamento - é o 19º com 18 pontos - e, aos poucos, entrar definitivamente no G-4 (grupo dos quatro primeiros).

Para o confronto a equipe contará com o retorno de Kleber, que se recuperou de dores no joelho direito. O Gladiador participou normalmente dos treinos e foi utilizado como titular ao lado de Luan e Fernandão.

O zagueiro Thiago Heleno também volta à equipe após se recuperar de amigdalite. Kleber treinou bem e se movimentou bastante no ataque, caindo mais pelo lado direito e tentando fazer tabelas com Fernandão. Vinícius voltou para a reserva.

Por outro lado, o Verdão não contará com o meia Valdivia, que sofreu lesão no músculo posterior da coxa direita defendendo o Chile e ficará afastado cerca de 30 dias, e o zagueiro Maurício Ramos, suspenso. O chileno já iniciou tratamento e deve perder pelo menos seis jogos.

O técnico Luiz Felipe Scolari manteve o esquema usado no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro no Pacaembu, com dois atacantes caindo pelas pontas e Fernandão centralizado na área.

ATLÉTICO-PR - A equipe agarra-se ao retrospecto em Curitiba para superar o Verdão e se recuperar no torneio. Desde 1999, quando o estádio foi inaugurado, os dois times enfrentaram-se nove vezes, com cinco vitórias atleticanas, três empates e apenas uma derrota. Para isso, o apelo nos últimos dias foi para que os torcedores compareçam e ajudem a empurrar o time.

No entanto, mesmo que vença a equipe paranaense não sairá da zona de rebaixamento. Uma derrota ou empate pode empurrá-lo para a lanterna.

O técnico Antônio Lopes deve fazer alterações em todos os setores com as entradas de Rafael Santos, Êracles, Marcelo Oliveira, Guerrón e Adailton, que não eram titulares.

Ídolo, Valdivia pode voltar ao futebol árabe

O presidente Arnaldo Tirone tem falado que não quer vender Valdivia para o Al Saad, do Catar, porque sabe que se fizer isso a pressão sobre ele vai aumentar. No entanto, corre nos bastidores que o chileno pode ser anunciado a qualquer momento pelo clube do Oriente Médio. A situação mudou radicalmente em menos de 24 horas.

A novidade é que o jogador, ao ouvir os valores da negociação, se interessou e pediu para que a diretoria olhasse com bons olhos para a transação. Ou seja, que aceitasse a proposta e o deixasse partir. O empresário João Celso Moraes é um dos intermediários da negociação.

Tirone resolveu ceder e fazer a vontade do chileno e da maioria dos conselheiros e dirigentes, que entendem ser um negócio "menos pior" vendê-lo do que ficar com ele até o fim do ano. Por isso, o liberou para conversar com um representante do Al Saad.

Na noite de segunda, esse intermediário se reuniu com Valdivia para falar sobre detalhes do contrato e bater o martelo. O empresário Osório Furlan, dono de 36% dos direitos econômicos, também deu carta branca para fechar o negócio. "Ontem à noite (segunda), jantei com o Tirone e disse que teríamos que vendê-lo. É uma boa proposta", disse o empresário. Tirone desconversou. "Não falei sobre o Valdivia com o Osório. Não queremos liberar o jogador."