Os mais cotados para desafiar Itamar e Simon são o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, e o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Vasconcelos, entretanto, já anunciou que não disputará contra Itamar. Quer apenas ajudar a derrotá-lo nas prévias. “Itamar Franco terá dificuldade de explicar sua oposição ao governo enquanto o partido sempre apoiou o presidente”, afirmou o ex-governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, assessor especial da Presidência da República. Itamar, segundo o ex-governador, não conseguirá justificar a presença dos ministros do PMDB no governo.
O partido é o titular do Ministério dos Transportes, com Eliseu Padilha; da Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, com Ovídio de Ângelis; e ainda luta pela indicação do Ministério da Integração Nacional. O candidato a ser lançado pela cúpula do PMDB terá de fazer um discurso de apoio a algumas conquistas de Fernando Henrique, como a estabilidade da moeda.
Os integrantes da cúpula do PMDB oficialmente negam, mas uma das intenções ao lançar um terceiro nome na disputa das prévias é deixar em aberto a possibilidade de o PMDB fazer alianças para o pleito de 2002. A estratégia enfrenta um problema. A maioria absoluta dos convencionais do PMDB decidiu, no dia 9 de setembro, que o partido não abrirá mão de lançar um candidato à sucessão de Fernando Henrique.
O regulamento das prévias do PMDB ainda não foi definido. A previsão é que votem quase 100 mil pessoas, incluindo os integrantes dos diretórios estaduais e municipais do partido. Apesar de deter o controle dos convencionais, o chamado PMDB governista teria mais dificuldades de enfrentar Itamar Franco em prévias tão amplas.
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