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Cresce popularidade do Natal na China
Da AFP
25/12/2004 | 18:25
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As igrejas cristãs aprovadas pelo governo chinês foram invadidas por uma multidão neste sábado, demonstrando a crescente popularidade do Natal no país, apesar das tentativas oficiais de controlar o cristianismo.

"Quase 4 mil pessoas compareceram a nossa igreja. Acreditamos que apenas metade era de fiéis", declarou um representante da Igreja Gangwashi de Pequim.

Muitos chineses já não seguem o Partido Comunista como guia espiritual e buscam apoio no cristianismo, que atrai as massas porque é relacionado ao Ocidente. Qualquer coisa ocidental está na moda na China.

Cada vez mais pessoas que precisam enfrentar as intensas mudanças na China, como o fim dos serviços estatais, o desemprego e a corrupção, também consideram o cristianismo uma fonte de respaldo.

A igreja Zhushiku de Pequim estava tão cheia que muitas pessoas — alguns deles operários emigrantes que estão longe de suas famílias — tiveram que esperar do lado de fora, no frio intenso, disse uma autoridade eclesiástica chamada Qi.

"Há pessoas de diversas classes sociais, incluindo professores, estudantes, operários emigrantes e intelectuais", disse Qi. A Igreja Chongwenmen recebeu 1,3 mil pessoas, sua capacidade máxima.

Porém, apesar da crescente popularidade da celebração natalina, fundamentalmente por causa do comércio, o governo não suavizou as restrições às igrejas não autorizadas pelo estado.

As igrejas chinesas estão divididas entre as patrióticas, aprovadas e supervisionadas pelo governo, e as clandestinas, que atuam ilegalmente para evitar a interferência oficial.

O governo afirma que na China existem 20 milhões de protestantes e quatro milhões de católicos, mas os números se referem apenas às igrejas autorizadas. O Vaticano acredita que o país possui 10 milhões de católicos nas igrejas ilegais. Muitos acreditam que existem ainda mais protestantes.

O proselitismo foi proibido para impedir o aumento do número de fiéis, apesar da aprovação de uma nova legislação para proteger o direito de culto. As autoridades também continuam prendendo os líderes eclesiásticos clandestinos e revistando os templos.

De acordo com religiosos estrangeiros, em maio o governo aprovou um documento secreto ordenando a promoção do ateísmo em todo o país.




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