O acidente ocorreu nas proximidades da ponte João Dias. A viatura do DHPP dirigida por Morel bateu na traseira do Chevette placas BGK 2594 (São Paulo), que pegou fogo logo depois da colisão por causa de um vazamento de combustível. O investigador deixou o local sem prestar socorro. Joel Stelutto e Ivanilde de Barros, que estavam no banco traseiro do Chevette, morreram carbonizados. Jardel Stelutto (motorista e filho das vítimas) e Sônia Regina Bosco, que estavam no banco da frente, sofreram queimaduras em todo o corpo e estão internados em estado grave no Hospital das Clínicas.
Segundo testemunhas, a viatura estava em alta velocidade quando colidiu no Chevette. Uma placa (chapa BSV 7973 – São Paulo) e a luminária do carro policial (giroflex) ficaram no local do acidente. A placa facilitou a identificação do responsável.
O policial se entregou às autoridades no 89º DP (Portal do Morumbi), onde o caso foi registrado pela PM, levado pelo delegado José Carlos de Melo, do DHPP. Indiciado por ordem do delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo, Morel assumiu culpa no acidente e pagou fiança para responder em liberdade.
A Secretaria de Segurança Pública emitiu nota oficial durante a tarde para afirmar que o caso passará por sindicância na Polícia Civil. Ainda segundo a SSP, ele pode ser expulso da corporação e responder processo na Justiça Comum se ficar comprovado que o investigador procedeu erroneamente no acidente.
Desgualdo disse que quer saber por que o investigador não prestou socorro às vítimas. Como Morel está em início de carreira policial, ele pode ser expulso sem a abertura de processo administrativo – se o estágio probatório de dois anos ainda não expirou. O delegado-geral quer saber ainda em que condições o investigador estava no momento do acidente e quem o autorizou a usar a viatura.
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