Para líder máximo do PSDB, apuração do caso Cachoeira não interfere no cenário eleitoral
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, não acredita que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), instaurada em Brasília para investigar a relação do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (sem partido), tenha reflexo nas eleições municipais em 7 de outubro.
"Não há interferência nesse sentido. Na verdade isso não nos preocupa. O que nós queremos é que tudo seja esclarecido e que a CPI não seja a favor desse ou daquele partido político, mas desempenhe seu papel de examinar tudo", disse o mandatário tucano.
Para ele, desde a investigação sobre os cartões corporativos - instaurada em 2008 para averiguar denúncias de gastos irregulares de crédito corporativos do governo federal - as CPIs não funcionam em Brasília. "Sem as CPIs o Congresso fica mais fraco, criando-se mecanismos para diminuir o interesse público pelas investigações, que dessa forma não prosperam", considera.
O senador avalia que, para o bom andamento da investigação, é fundamental ouvir Carlinhos Cachoeira. "Temos que ouvi-lo para que o caso seja esclarecido de forma transparente. Queremos que todos os envolvidos se manifestem."
A comissão iniciou os trabalhos dia 25, após receber a adesão de 385 deputados e 72 senadores, inclusive do PT, apesar dos rumores de que a sigla tentaria abafar o caso para proteger parlamentares citados nas conversas do contraventor. "O PT não sabia o que estava fazendo", criticou (mais informações na pág. 8).
PARCERIA COM PPS
Sérgio Guerra esteve semana passada em São Bernardo, participando do ato político promovido por lideranças tucanas e do PPS, para fortalecer a pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Alex Manente.
Na ocasião, o dirigente nacional enalteceu a parceria local entre os dois partidos no pleito, ressaltando que o tucanato não fica enfraquecido por desistir de encabeçar a chapa majoritária para apoiar Alex. "A reunião foi um sucesso. Sem dúvida estamos no caminho certo para a vitória (na eleição".
Tucanos querem sinergia com sindicatos
O PSDB oficializou na sexta-feira o núcleo sindical do partido durante a realização de congresso nacional em São Paulo.
Sob fortes críticas ao PT e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o evento tratou de temas como redução dos juros e fortalecimento do mercado interno e geração de renda, e reunir integrantes da alta cúpula tucana, como o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato à prefeitura da Capital José Serra.
O encontro ratificou o presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) e primeiro suplente tucano na Assembleia Legislativa, Antonio Ramalho, como secretário nacional de relações sindicais.
O núcleo sindical tucano nasce com cerca de 2.000 dirigentes de entidades de defesa do trabalhador filiados ao partido, dentre os quais representantes da Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil). No Grande ABC, o núcleo sindical do PSDB será dirigido por Atevaldo Leitão.
"Não queremos que o núcleo sindical seja dominado pelo partido. Pelo contrário. Queremos que as centrais sindicais, sindicalistas e sindicalizados tenham influência e pressionem nas decisões partidárias", disse o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.
Nas eleições municipais, o grupo pretende lançar 322 candidatos a prefeito, vice e vereador, além de atuar para eleger um deputado estadual e federal em cada Estado no pleito de 2014.
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