Política Titulo Caso Cachoeira
CPI não influencia eleições, diz Guerra

Para líder máximo do PSDB, apuração do caso Cachoeira não interfere no cenário eleitoral

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
01/05/2012 | 07:54
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O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, não acredita que a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), instaurada em Brasília para investigar a relação do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (sem partido), tenha reflexo nas eleições municipais em 7 de outubro.

"Não há interferência nesse sentido. Na verdade isso não nos preocupa. O que nós queremos é que tudo seja esclarecido e que a CPI não seja a favor desse ou daquele partido político, mas desempenhe seu papel de examinar tudo", disse o mandatário tucano.

Para ele, desde a investigação sobre os cartões corporativos - instaurada em 2008 para averiguar denúncias de gastos irregulares de crédito corporativos do governo federal - as CPIs não funcionam em Brasília. "Sem as CPIs o Congresso fica mais fraco, criando-se mecanismos para diminuir o interesse público pelas investigações, que dessa forma não prosperam", considera.

O senador avalia que, para o bom andamento da investigação, é fundamental ouvir Carlinhos Cachoeira. "Temos que ouvi-lo para que o caso seja esclarecido de forma transparente. Queremos que todos os envolvidos se manifestem."

A comissão iniciou os trabalhos dia 25, após receber a adesão de 385 deputados e 72 senadores, inclusive do PT, apesar dos rumores de que a sigla tentaria abafar o caso para proteger parlamentares citados nas conversas do contraventor. "O PT não sabia o que estava fazendo", criticou (mais informações na pág. 8).

PARCERIA COM PPS

Sérgio Guerra esteve semana passada em São Bernardo, participando do ato político promovido por lideranças tucanas e do PPS, para fortalecer a pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Alex Manente.

Na ocasião, o dirigente nacional enalteceu a parceria local entre os dois partidos no pleito, ressaltando que o tucanato não fica enfraquecido por desistir de encabeçar a chapa majoritária para apoiar Alex. "A reunião foi um sucesso. Sem dúvida estamos no caminho certo para a vitória (na eleição".

 

Tucanos querem sinergia com sindicatos

O PSDB oficializou na sexta-feira o núcleo sindical do partido durante a realização de congresso nacional em São Paulo.

Sob fortes críticas ao PT e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o evento tratou de temas como redução dos juros e fortalecimento do mercado interno e geração de renda, e reunir integrantes da alta cúpula tucana, como o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin e o pré-candidato à prefeitura da Capital José Serra.

O encontro ratificou o presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) e primeiro suplente tucano na Assembleia Legislativa, Antonio Ramalho, como secretário nacional de relações sindicais.

O núcleo sindical tucano nasce com cerca de 2.000 dirigentes de entidades de defesa do trabalhador filiados ao partido, dentre os quais representantes da Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil). No Grande ABC, o núcleo sindical do PSDB será dirigido por Atevaldo Leitão.

"Não queremos que o núcleo sindical seja dominado pelo partido. Pelo contrário. Queremos que as centrais sindicais, sindicalistas e sindicalizados tenham influência e pressionem nas decisões partidárias", disse o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra.

Nas eleições municipais, o grupo pretende lançar 322 candidatos a prefeito, vice e vereador, além de atuar para eleger um deputado estadual e federal em cada Estado no pleito de 2014.




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