Política Titulo Correligionários
Por Gilson, Adelson cogita amenizar pressão
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/05/2012 | 07:45
Compartilhar notícia
Arquivo/DGABC


O PSB de Diadema começa a discutir alternativas a serem apresentadas à cúpula do governo Mário Reali (PT) para continuar com a vice no projeto de reeleição do petista. Um dos pontos mais comentados é a saída do presidente municipal do PSB e secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson, da corrida pela vice, em detrimento da continuidade de Gilson Menezes (PSB) na chapa.

Adelson anunciou, em janeiro, que ingressaria na briga pela vice de Reali. Alegando pressão da militância, o líder socialista em Diadema chegou a cogitar prévias internas para decidir o nome a ser apresentado ao prefeito. Mas, nas reuniões feitas entre o alto escalão da administração diademense e os partidos da base aliada, o PSB perdeu força considerável.

"A militância tem de entender que, antes de qualquer projeto pessoal, vem o projeto partidário. Se essa escolha (de Gilson como vice) for a melhor para o partido, é por isso que iremos brigar", disse Adelson.

PR, PPS, PCdoB, PDT e PMDB, denominado G-5, afinaram discursos para trocar a vice. Justificam que Gilson, hoje, não agrega votos, não arregimenta empresariado e teve papel discreto durante os quatro anos de governo - ao Diário, no ano passado, Gilson se classificou como "jarro".

Nos debates, dois nomes ganharam poderio: o empresário Osvaldo Basso (PR) e o vereador João Pedro Merenda (PPS). O primeiro aglutinaria recursos financeiros à campanha e estaria, como cartão de visitas, articulando a vinda de uma rede supermercadista para a periferia de Diadema. O segundo acolheria demanda antiga da Câmara de ver um parlamentar como vice, para facilitar o diálogo entre a Casa e a Prefeitura. O G-5 se mostra irredutível na abertura da chapa. Alguns partidos, inclusive, citaram que poderia haver rebelião do arco de alianças caso o PT opte por Gilson.

Reali e o alto clero do Parque do Paço defendem a manutenção de Gilson. Dizem que, politicamente, o socialista tem muito a contribuir, além de ser patrimônio vivo da história política diademense. Governou a cidade por dois mandatos e, em 1982, se tornou o primeiro prefeito do PT eleito, iniciando as políticas sociais e abrindo espaço para diálogo com as camadas menos favorecidas de Diadema.

Como Adelson está no meio do fogo cruzado entre PT e o G-5, retiraria o time de campo e passaria a defender Gilson. "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando", contou um socialista integrante da executiva municipal, que optou pelo anonimato.

Vereadores socialistas, Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi, e Wagner Feitoza, o Vaguinho, sustentam a tese de que o PSB não precisa discutir a troca de vice, uma vez que o posto já tem dono e que nada desabone a manutenção da chapa vencedora em 2008. Foi com o mesmo argumento de Adelson abandonou a mesa de negociações articulada pelo chefe de Gabinete do Paço, Osvaldo Misso (PT).

Outra alternativa, essa mais comedida, seria aumentar a pedida de secretarias no futuro governo Reali.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;