Dois rapazes foram presos em flagrante depois de roubarem o Palio cinza de um comerciante, em São Bernardo, e fugirem para Santo André, às 11h de domingo. No momento do crime, policiais militares do 6º Batalhão de São Bernardo viram o carro roubado na avenida Prestes Maia e começaram uma rápida perseguição. Os assaltantes bateram o veículo em um Santana prata e em um poste de iluminação, na alça de acesso à rua Tamarutaca, em Santo André.

Depois do acidente, o desempregado Reigas Souza dos Santos, 20 anos, e João Paulo Delgado Mello, 24, desceram do Palio e tentaram se esconder na favela Tamarutaca, mas foram presos em seguida.

Mello correu para baixo do viaduto que passa sobre a avenida Prestes Maia, tirou sua jaqueta e boné para tentar se esconder em meio aos mendigos que vivem no local. Ele foi preso, pois não tinha conseguido se desfazer da frente do aparelho de CD que tinha roubado do Palio do comerciante W.V.S., 56 anos.

Enquanto isso, outros policiais, que prestaram apoio, conseguiram encontrar Santos escondido embaixo da caçamba de um caminhão estacionado dentro da favela Tamarutaca.

Segundo o policial Marco Antonio Ferreti, a arma usada no crime, um revólver calibre 38, não foi encontrada no local. Mello, que estaria com a arma, conseguiu jogá-la em um terreno antes de ser preso.

A soldado Maria Sueli disse que os dois tinham passagens pela polícia e ficou assustada com a violência da dupla por conta de uma frente de CD. “O rapaz (Mello) tirou o comerciante do Palio e o jogou, com uma rasteira, no meio da rua. Por pouco ele não foi atropelado por um Corsa que vinha no sentido contrário”.

Na seqüência, a dupla dirigiu em alta velocidade pela avenida Lions até sua continuação, a avenida Prestes Maia, mas perderam o controle do Palio e bateram na traseira do Santana prata, ocupado por um casal, quando tentaram fazer uma curva. “Pensamos que a roda do carro tinha caído. Não deu para ver o carro batendo pelo retrovisor. Depois que descemos do carro vimos o Palio batido no poste”, disse o motorista do Santana, que preferiu não se identificar.