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Lula inaugura prédio da UFABC já em atividade
Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
29/08/2008 | 07:14
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai inaugurar oficialmente hoje o bloco B do campus Santo André da UFABC (Universidade Federal do ABC), que já está em uso há três meses pelos primeiros alunos da instituição.

O Ministério da Educação informou ontem que a construção do campus - que consumirá ao todo R$ 220 milhões e terá seis blocos - será concluída "no final de 2009". "Não estamos tão atrasados. Nosso cronograma inicial da licitação era esse", disse a coordenadora de planejamento e orçamento de Educação Superior do MEC, Sandra Scherrer.

Mas no último dia 22 o novo reitor da UFABC, Adalberto Fazzio, havia dito ao Diário que a previsão do término da obra seria agosto de 2009 - apenas o anfiteatro, a biblioteca e o restaurante ficariam prontos em dezembro do mesmo ano. Fazzio disse que essa era uma "previsão mais realista" do que a promessa que Lula fez durante visita a Santo André em setembro passado, de conclusão das obras em 27 de setembro próximo.

Em outra visita à região, em maio deste ano, Lula cobrou agilidade da Prefeitura e dos bombeiros em liberar as obras para a inauguração, que, na época, o prefeito João Avamileno (PT) havia previsto para junho. Na mesma visita, o presidente disse que pretendia lançar, no mesmo mês, a pedra fundamental do campus São Bernardo, cujo início das obras está previsto para 2009.

Sandra disse que o único motivo pelo atraso das obras do bloco B do campus Santo André foi uma solicitação dos bombeiros, da instalação de portas corta-fogo entre o corredor de elevadores e as escadas. Isso teria sido exigido com o prédio já pronto e não quando os bombeiros examinaram as plantas. "Houve uma interpretação do projeto por parte do Corpo de Bombeiros que foi equivocada e isso teve de ser corrigido", conta. "Mas essa adaptação já foi realizada e o laudo e o Habite-se desse edifício já foram feitos."

A coordenadora também negou que o bloco B foi adaptado para receber alunos de graduação, ao contrário do que previa o projeto original que previa apenas pós-graduação e trabalho de pesquisa de professores. "O prédio foi projetado para ser um bloco de salas de aulas, com salas de docentes, laboratórios, um auditório, uma oficina e uma central multiusuário. Não houve adaptação. O projeto-executivo foi implementado conforme o início", disse.

No entanto, em 20 de fevereiro deste ano, o o engenheiro Dionísio Nunes Neto revelou ao Diário que o prédio havia sofrido alterações para que a transferência dos alunos da graduação pudesse ser feita mais rapidamente. "A planta original não previa a construção de salas de aula, mas de ambientes reservados apenas à pesquisa de professores e alunos de pós-graduação ou mestrado. Com paredes feitas em gesso acartonado (sistema drywall), porém, podemos reverter as mudanças", disse na época o engenheiro.




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