As evidências de que algo estranho está ocorrendo é o crescimento exagerado na demanda nas agências do INSS. Prova disso é o número de benefícios concedidos em março, que chegaram a 201.326, contra 108.602 em março de 2003: salto de 85,4%.
Esse aumento da demanda traz um prejuízo a mais para a Previdência. No auxílio-doença, a carência é menor, precisando de poucas contribuições para que o trabalhador possa solicitá-lo. Muitas vezes seu valor chega perto do teto de R$ 2,5 mil. E o problema maior é que o auxílio-doença, um benefício por incapacidade temporária, pode ser transformado em aposentadoria por invalidez, de duração imprevisível.
Relatos de servidores dão conta que muitas vezes as contribuições necessárias para a solicitação do benefício são pagas por outras pessoas. É que o pagamento de apenas 12 contribuições bastam para que o segurado solicite um auxílio-doença. No caso do trabalhador já ter sido, no passado, segurado do INSS, a carência de 12 meses é reduzida para quatro meses.
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