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Previdência quer dificultar fraudes com auxílio-doença
04/06/2004 | 23:43
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O Ministério da Previdência e Assistência Social quer dificultar a concessão de auxílio-doença para os segurados, como forma de coibir fraudes. O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Floriano Martins, suspeita que quadrilhas já estejam atuando sobre o auxílio-doença, incentivando os trabalhadores a procurar os postos de atendimento para obter o benefício e depois cobrando um percentual sobre o rendimento.

As evidências de que algo estranho está ocorrendo é o crescimento exagerado na demanda nas agências do INSS. Prova disso é o número de benefícios concedidos em março, que chegaram a 201.326, contra 108.602 em março de 2003: salto de 85,4%.

Esse aumento da demanda traz um prejuízo a mais para a Previdência. No auxílio-doença, a carência é menor, precisando de poucas contribuições para que o trabalhador possa solicitá-lo. Muitas vezes seu valor chega perto do teto de R$ 2,5 mil. E o problema maior é que o auxílio-doença, um benefício por incapacidade temporária, pode ser transformado em aposentadoria por invalidez, de duração imprevisível.

Relatos de servidores dão conta que muitas vezes as contribuições necessárias para a solicitação do benefício são pagas por outras pessoas. É que o pagamento de apenas 12 contribuições bastam para que o segurado solicite um auxílio-doença. No caso do trabalhador já ter sido, no passado, segurado do INSS, a carência de 12 meses é reduzida para quatro meses.




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