Ele mostra dez das 11 faixas que compõem o álbum (a exceção é Melancia), entre elas Lantejoulas, Cão Sem Dono e Depois do Fim do Mundo.

Canções do primeiro disco (Palavras Sutis, de 1998) também estão no repertório, como Na Lua e Algo Assim. O Brasa Jazz Quarteto e o percussionista Felipe Gonçalves acompanham o músico. Em Segredos e Mistérios, do novo disco, Kurin se apresenta sozinho, empunhando violão.

“Antes do Próximo é um trabalho completamente autoral. Costumo dizer que é um disco made in Santo André, porque coroa um trabalho cultural realizado na cidade, como o projeto musical Canja com Canja, do qual participo. Na faixa Antes do Próximo participam personalidades do meio artístico da região, entre eles Zhô Bertholini e Alessandra Brantes. Sem falar do Brasa Jazz Quarteto e do João Cristal (piano), que fizeram arranjos e realizaram a gravação do disco comigo”, disse Kurin.

Os cantores Kléber Albuquerque, Ceumar e Míriam Maria fazem participações especiais no CD, que tem uma faceta romântica evidente. “Calhou de ele ter essa vertente de falar de relacionamento, de amor. Mas não trato do amor somente entre duas pessoas, e sim dele mais universal, meu com o coletivo”, afirmou.

Os timbres de cordas (guitarra, violão, piano, bandolim e cello) marcam o trabalho. “No primeiro álbum usei instrumentos como teclado e metais, o que gerou um tipo de sonoridade. Nesse segundo CD preferi as cordas, para valorizar a voz. Com os arranjos mais enxutos e coesos, as cordas são inseridas como instrumento. Busquei uma instrumentação refinada tendo em vista a valorização de voz e letras, para assim as pessoas ficarem mais atentas no cantar, na mensagem”, afirmou.

Kurin já mostrou algumas canções de Antes do Próximo em apresentações anteriores no Grande ABC. O show, no formato que será realizado, é inédito. Em São Paulo, o lançamento do disco está programado para fevereiro, no Sesc Pompéia. No show desta quinta, o álbum será vendido a R$ 15.

Carreira – Kurin tem 34 anos e há pelo menos dez atua profissionalmente como músico. Nascido em Igarapava (SP), morou em Santo André, cidade na qual está bastante envolvido na cena cultural. Filho de pai japonês e mãe brasileira, diz que sua formação cultural tem como base o tripé: ritmos africanos, melodia oriental e o “caráter vulcânico” da música nacional: “Misturo essas influências na criação das minhas canções. Junto tudo no mesmo bolo da música popular brasileira”.