Principal atração do duelo, o trio formado por Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião demorou para engrenar e só brilhou nos minutos finais da partida. O confronto contou com maior domínio argentino, principalmente no primeiro tempo, apesar das ausências de Riquelme e Verón, vetados de última hora por conta de lesão.
O Superclássico, dividido em duas partidas, será definido daqui a duas semanas, no dia 28, no Estádio Mangueirão, em Belém. Em caso de novo empate, o troféu do confronto será decidido nas cobranças de pênalti.
O JOGO - Mesmo desfalcada dos veteranos Riquelme e Verón, a Argentina dominou o primeiro tempo diante da fragmentada equipe brasileira. Mais consistente, o time da casa cometia menos erros, trocava passes com mais facilidade e era mais ofensivo.
Referência no ataque, Boselli comandou os anfitriões até deixar o campo com dores na coxa, aos 22 minutos. Ele levou perigo em seguidas finalizações aos 6, aos 11 e aos 14 minutos.
O Brasil só respondeu aos 12, com Neymar e Leandro Damião. O atacante do Santos recebeu lançamento de Réver pela esquerda, deixou três marcadores para trás e cruzou para Damião, que acertou a trave. Foi o único lance de perigo do Brasil no primeiro tempo.
No restante da etapa, o time de Mano sucumbiu à falta de entrosamento e aos erros de passe, principalmente no meio-campo, formado por Ralf, Paulinho e Renato Abreu. Na defesa, a dificuldade se concentrava na saída de bola. Com frequência, a zaga apelava para a ligação direta com o ataque, sem sucesso. De pé em pé, o time avançava lentamente, o que raramente resultava em jogada ofensiva.
A Argentina seguia superior em campo mesmo depois de perder Boselli. Acumulava 6 finalizações, contra apenas uma do Brasil. Aos 33, Martínez quase surpreendeu o goleiro Jefferson em chute de fora da área. A bola passou rente à trave esquerda.
O time da casa manteve o controle da partida no início do segundo tempo e até com maior volume de jogo nos primeiros instantes. Com a marcação adiantada, a Argentina cercou a área brasileira e impôs pressão nos 10 minutos iniciais.
Apresentando as mesmas dificuldades da primeira etapa, o Brasil só ameaçou a defesa anfitriã aos 21, em cobrança de falta de Ronaldinho, de longe. Insatisfeito com o rendimento brasileiro, Mano trocou Renato por Oscar e obteve ligeira melhora na movimentação da equipe no setor ofensivo.
A troca mudou o panorama do jogo. Aos poucos, o Brasil crescia em campo a partir da maior participação de Ronaldinho, Neymar e Leandro Damião. Aos 31, o atacante do Internacional protagonizou o lance mais bonito da partida ao dar uma "lambreta" no zagueiro e bater por cobertura, acertando a trave pela segunda vez no jogo.
Aos 35, Ronaldinho voltou a levar perigo em cobrança de falta. Ele bateu com categoria no canto e exigiu grande defesa do goleiro Órion. Mais as redes seguiram intocadas. O embalo tardio do trio ofensivo não deu resultado e o placar seguiu inalterado até o apito final.
Ficha Técnica:
Argentina 0 x 0 Brasil
Argentina - Órion; Sebá, Cellay, Desábato; Pillud, Fernándes (Chávez), Canteros, Zapata, Papa; Martínez (Mouche) e Boselli (Gigliotti). Técnico: Alejandro Sabella.
Brasil - Jefferson; Danilo, Dedé, Réver e Kleber; Ralf, Paulinho (Casemiro), Renato Abreu (Oscar); Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho. Técnico: Mano Menezes.
Cartão amarelo - Zapata (Argentina).
Árbitro - Enrique Osseas Zencovich (CHI).
Renda e público - Não disponíveis.
Local - Estádio Mário Alberto Kempes, em Córdoba-ARG.
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