As relíquias são as de dois integrantes da Igreja e patriarcas de Constantinopla, Gregório Nacianceno e João Crisóstomo, que viveram no século IV na Capadócia e Antióquia, atual Turquia.
O papa, que estava com uma boa aparência, apesar de sua doença, disse que espera que a "devolução destas relíquias a Constantinopla seja uma ocasião abençoada para purificar nossas memórias feridas e para reforçar nosso caminho de reconciliação", em uma carta entregue ao patriarca.
"Este gesto sagrado repara uma anomalia e uma injustiça eclesiástica", comentou o patriarca em uma homilia realizada diante do altar da confissão onde estava sentado, à direita do papa.
"Este gesto fraterno da Igreja de Roma confirma que não existem na Igreja de Cristo problemas que não possam ser superados quando o amor, a justiça e a paz se encontram em um espírito de reconciliação e busca de unidade", acrescentou.
Citando San Juan Crisóstomo, afirmou que "abandonar a Igreja é um dano mais grave que o da heresia" e agradeceu a João Paulo II por tudo o que fez "para cicatrizar antigas feridas e prevenir novas".
A Igreja ortodoxa e a Igreja Católica romana estão separadas desde o cisma de 1054. As relíquias serão transportadas de avião a Istambul neste sábado mesmo.
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