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Transporte terá impacto de 6%
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
27/11/2004 | 13:43
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O aumento de 8% no óleo diesel, anunciado pela Petrobras e que entrou em vigor nesta sexta, deve representar impacto de até 6% nos custos das transportadoras, que deverão ser repassados aos preços dos fretes, segundo o Setrans ABC (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Grande ABC).

O reflexo nos custos das empresas deve variar de acordo com o perfil das companhias em termos de distâncias que percorrem, segundo o presidente do Setrans ABC, Antônio de Oliveira Ferreira, que é diretor da Ajofer, de São Bernardo. Ele avaliou que os que fazem transportes urbanos devem ter impacto menor, em torno de 1%, enquanto os que fazem linhas médias, de 2% a 3%, e rotas longas, para o Sul ou o Nordeste, podem ter impacto de 6% nos custos. Ele disse que as transportadoras não terão como absorver essas majorações. "As empresas terão de rever suas planilhas. Já estamos atrás dos embarcadores (os clientes) para repasse", disse.

Ferreira disse que no caso da Ajofer, que tem um perfil misto (cargas rodoviárias e transporte urbano) o impacto deverá ser na casa dos 2,5% e afirmou ainda que as negociações devem levar em torno de um mês para que haja o repasse aos clientes, que são das áreas alimentícias, higiene e limpeza, lubrificantes e pneus, entre outras.

O diretor da Transvec, de São Bernardo, Marco Antonio Capitânio, concorda que será necessário elevar as tabelas do frete e acrescentou que há pouco tempo houve uma alta do diesel – 5%, feita em outubro. "Isso vai prejudicar bastante a gente, no último aumento não houve repasse", disse. Ele estima que a nova alta para a empresa, que possui filiais no aeroporto de Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas) e trabalha com mercadorias importadas e a exportar, deve refletir em 2% nos custos.

Já a NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) comunicou que os fretes do transporte rodoviário de cargas deverão ter, a partir da segunda-feira, um aumento em torno de 8%, em função de reajustes nos preços dos insumos utilizados pelos operadores do setor, entre os quais o óleo diesel. Segundo o presidente da NTC&Logística, os transportadores vinham segurando o repasse dos reajustes nos insumos, mas "depois do último aumento no preço do diesel ficou difícil suportar esses custos".




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